Nesta quinta-feira, 11 de julho, o Brasil foi tomado por manifestações em todos os estados e no Distrito Federal. O Dia Nacional de Lutas uniu as centrais sindicais, como a CUT e a CTB, movimentos sociais e trabalhadores(as) de diversas categorias em torno de uma pauta comum, com reivindicações históricas da classe trabalhadora, como a redução da jornada de trabalho, sem redução de salário; o fim do fator previdenciário, dentre outras. A CONTAG e a FETADFE integraram o ato realizado na capital federal, coordenando um grupo de trabalhadores(as) rurais do DF e entorno. Várias federações filiadas também participaram de manifestações nos seus estados.
Para o presidente da CONTAG, Alberto Broch, as manifestações que aconteceram em Brasília e em todo o Brasil são extremamente oportunas para o país. “A CONTAG coloca na sua visão política os temas centrais que convergem com a grande maioria das centrais sindicais e dos movimentos sociais, como a necessidade de o Brasil passar por grandes reformas estruturais. A primeira, para a CONTAG, é a Reforma Agrária. Também são fundamentais as Reformas Política, dos Meios de Comunicação, do Judiciário e a Tributária, fazendo com que os pobres paguem menos impostos e que as grandes fortunas sejam tributadas.” O dirigente destacou, ainda, o sentimento da Confederação a partir desse cenário de manifestações nas últimas semanas. “Para quem sempre se manifestou nas ruas, esse cenário é extremamente importante porque retoma as manifestações com a coordenação das centrais sindicais, da CONTAG, e dos outros movimentos sociais, o que ajudará a dar uma direção às manifestações e às negociações com o governo e o Congresso Nacional.”
Carmen Foro, vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) nacional, disse que “a unidade entre as centrais sindicais e entre os movimentos sociais é um símbolo muito forte de todo o caminho que é preciso percorrer nos próximos períodos nesse país.” A dirigente disse também que este foi um dia histórico. “Há muito tempo não se unia campo, cidade, estudantes, sindicatos, várias centrais sindicais, ou seja, todos os organizados. É fundamental destacar que demonstramos também politicamente, no Brasil inteiro, a força que nós temos. E uma força organizada e politizada. Além disso, entendemos que, para enfrentar o atual momento, não há outro caminho que não seja pela união, pela democracia e pela reforma política.” Carmen acrescentou: “Eu creio que mobilização sempre contribui. Os Gritos da Terra e outros sons que vieram das ruas sempre tiveram uma repercussão positiva.”
Já o presidente da Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB) no DF e entorno, Moisés Leme da Silva Neto, destacou a importância da pauta da classe trabalhadora brasileira. “A principal bandeira de luta da classe trabalhadora é a igualdade de oportunidades, ou seja, a valorização do salário e do trabalho, pois o trabalho é a vida das pessoas. Se ele é a sua vida, tem que ser bem remunerado.” O sindicalista reforçou outros pontos da pauta, como a necessidade de baixar os juros, de investir no setor produtivo, de valorizar os aposentados e realizar a Reforma Agrária. “Considero que a unidade é fundamental. Com essa unidade e com a vontade política, conseguiremos transformar esse país em um país melhor.”
FONTE: Imprensa CONTAG - Verônica Tozzi