O Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa, celebrada no dia 15 de junho, é um convite à consciência mundial, política e social da existência da violência contra a pessoa idosa e a reflexão da importância de denunciar as agressões.
O presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (CNDPI), Raphael Castelo Branco, compartilha que “é uma data muito importante tanto na perspectiva nacional como na perspectiva internacional onde se discute a conscientização da violência contra pessoas idosas. Os dados ano a ano ratificam que nós vivemos num país extremamente violento, onde quase 80% dessas denúncias tem como um filho, um neto, um cônjuge, um cuidador, ou seja, pessoas que deveriam prestar o dever de cuidado à pessoa idosa, muitas vezes, é quem mais expõe às situações de violência das mais diversas formas.”
Os principais tipos de violência contra esse público são: a física, a psicológica, a financeira, a negligência, o abuso sexual e a violência institucional. Precisamos refletir sobre o respeito e a dignidade que as pessoas idosas merecem. A violência, em suas diversas formas, acontece principalmente dentro de casa, praticada por um membro da família.
“É fundamental que nós como cidadãos, como entidades, como representantes possamos, a partir de um esforço conjunto, buscar, garantir um respeito e uma efetividade do direito da pessoa idosa, garantindo não só oportunidades, como sobretudo condições para que essas pessoas possam viver em sua plenitude, tendo suas condições devidamente respeitadas”, alerta o presidente do CNDPI.
Segundo dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), mais de 42 mil denúncias de violações contra pessoas de 60 anos de idade ou mais já foram registradas nos três primeiros meses de 2024.
Número maior do que os do mesmo período de 2023, com 33.546 registros, e de 2022, com 19.764. Entre os abusos mais comuns, estão: negligência (17,51%), exposição de risco à saúde (14,68%), tortura psíquica (12,89%), maus-tratos (12,20%) e violência patrimonial (5,72%).
O secretário de Trabalhadores (as) Rurais da Terceira Idade da CONTAG, Antonio Oliveira, compartilha que “a CONTAG continua fazendo a defesa e luta contra a violência com as pessoas idosas. Os Sindicatos têm que ser conscientizados para fazer a defesa. Quem souber de qualquer violência contra a pessoa idosa, denuncie na Promotoria Pública, Ministério Público do Trabalho, Delegacia de Polícia, Conselho Tutelar, Sindicato de Trabalhadores Rurais ou Disque 100.”
O seu silêncio já é um tipo de violência contra uma pessoa idosa. Denuncie!
Por Malu Souza / Comunicação CONTAG