O Painel Político do primeiro dia da 3ª Plenária Nacional da Juventude Rural foi um momento dinâmico de análises dos desafios que os(as) jovens do campo, floresta e águas do Brasil devem enfrentar nos próximos anos. Foram convidadas(o) para participar a secretária de juventude da CUT, Edjane Rodrigues, o secretário de Juventude da CTB, Vitor Espinoza, e a representante da coordenação nacional do Levante Popular da Juventude, Jessy Dayane.
“O atual governo mostra desde o início que não tem compromisso com o povo, apenas com os interesses de um projeto neoliberal da elite do país. Desde o fechamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário até o esvaziamento de políticas públicas que favorecem a parte da população que foi historicamente excluída do desenvolvimento nacional, esse governo mostra que não há diálogo com os interesses da sociedade brasileira”, afirmou Edjane Rodrigues. Para a secretária de juventude da CUT, a juventude rural está especialmente ameaçada não apenas com a PEC 55 mas também com a Reforma da Previdência e com a falta de espaços institucionais para a discussão das pautas dos(as) jovens, como o Conselho Nacional de Juventude.
De acordo com o secretário de Juventude da CTB, Vitor Espinoza, as medidas de austeridade tomadas pelo atual governo federal levarão o Brasil para uma situação econômica ainda pior do que a que acomete Espanha, Portugal e Grécia, onde medidas semelhantes também foram tomadas, mas apenas agravaram a recessão. “Não aceitaremos nenhum retrocesso nos direitos que conquistamos nos governos Lula e Dilma, nem que os investimentos em políticas públicas para saúde e educação sejam cortados com o objetivo de pagar juros de uma dívida pública que deve ser auditada pelos cidadãos”, argumentou.
A PEC 55 é uma estratégia de disputa de recursos públicos: essa é a opinião da representante da coordenação nacional do Levante Popular da Juventude, Jessy Dayane, que pontou os desafios da juventude brasileira como a criminalização dos movimentos sociais que resistem e criticam as medidas tomadas pelo atual governo federal contra a educação e as políticas de inclusão social, a cessão do uso dos nossos recursos naturais por empresas estrangeiras, a liberação da exploração do Pré-sal por outras empresas além da Petrobras, além das propostas de Reforma da Previdência e Trabalhista que dificultam a aposentadoria e propõem medidas que precarizam as condições de trabalho. “Precisamos nos unir e trabalhar para politizar nossas bases, para fortalecer a luta. A unidade é necessidade, não é escolha”, garantiu Jessy Dayane.
FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Lívia Barreto