Com o lema Autonomia e Igualdade para as Mulheres, a Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM do Governo Federal e o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher - CNDM promoveram em Brasília, de 12 a 15 de dezembro, a 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. As Federações de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais – FETAGs e a CONTAG mobilizaram desde a base, para o evento, uma delegação com mais de 130 mulheres do campo e da floresta de todo o país. Elas articularam o conjunto de propostas da conferência, baseadas na plataforma da Marcha das Margaridas. As mulheres mostraram quais as suas perspectivas e prioridades para os próximos anos de governo da primeira mulher presidenta do Brasil e analisaram seus ganhos, dificuldades e entraves no processo de construção e de acúmulos dos movimentos sociais. “Vimos contemplados diversos conteúdos da pauta da Marcha das Margaridas nos vários documentos aqui apresentados. Por isso, temos agora que manter a articulação de nossa presença nesses espaços. Isso garante a inserção de nossa proposição nos eixos de construção da política para as mulheres”, observa Carmen Foro, secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag e coordenadora do painel “Plano Nacional de Políticas para as Mulheres: Perspectivas e Prioridades”, apresentado pelas painelistas Tatau Godinho (subsecretária de Planejamento e Gestão Interna da SPM/PR), Rosa de Lourdes Azevedo dos Santos (CNDM/Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos) e Cristina Buarque (Fórum de Organismos Governamentais de Políticas para as Mulheres e Secretária de Mulheres de Pernambuco). Para Alaíde Moraes, coordenadora estadual de mulheres trabalhadoras rurais de Minas Gerais, a conferência foi um momento muito rico: “Essa junção de mulheres de vários segmentos e de vários movimentos estão movidas por um mesmo ideal, de empoderar, valorizar e libertar as mulheres. Começamos a cobrar do governo a execução do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres”. Maria do Rosário Barba, a Juma, secretária de Mulheres da Federação de Trabalhadores(as) Rurais do Amazonas, participa pela primeira vez da conferência. “Quero ver tudo, participar, levar esse conhecimento para as mulheres que não puderam vir. A CONTAG me premiou com essa vinda e quero socializar essa iniciativa”, registra. Já Lucila Santos, do Sindicato de Trabalhadores(as) Rurais - STR de Quixabeira, que participa de todas as conferências, faz uma análise mais comparativa: “Achei a primeira melhor. Mas, em compensação, agora temos uma mulher na presidência. Então, espero que na próxima estejamos à frente de mais cargos”. A CONTAG também marcou presença com um stand no local, um espaço coletivo compartilhado com a CUT e Marcha Mundial, para divulgar suas ações, distribuir material e venda de produtos da organização do Projeto Coletivo da Secretaria de Mulheres Rurais do Amazonas. A 3ª Conferência Nacional se propôs a consolidar as propostas elaboradas nas conferências municipais e estaduais, que começaram em 1º de julho, e definir a responsabilidade do governo federal frente às demandas apresentadas pelos municípios.
FONTE: Imprensa Contag - Maria do Carmo de Andrade Lima