No último dia da Conape da ‘esperança’, foi reafirmada a luta em defesa da educação pública
No último dia da II Conferência Nacional Popular de Educação (Conape) 2022, neste domingo (17), na capital do Rio Grande do Norte (Natal), trabalhadoras, trabalhadores, movimentos sociais, sindicais e estudantes de todo o País aprovaram a Carta de Natal. O documento registra o compromisso coletivo em defesa da educação pública de qualidade, laica, democrática e inclusiva para todas, todos e todes. A atividade, que aconteceu pela manhã, foi referenciada em plenário como “Conape da esperança”. A Conape 2022 é organizada pelo Fórum Nacional Popular da Educação (FNPE).
A Carta, como diz a secretária de Políticas Sociais da CONTAG, Edjane Rodrigues, “é um cumprimento de mais uma tarefa e não a missão, pois o caminho agora é pegar a carta que foi aprovada e voltar aos nossos espaços de luta e militância e dialogar com a sociedade e pautar uma educação fundamentada na dialeticidade e a práxis, dialogar sobre uma educação que emancipa os sujeitos, uma educação com conformidade com o legado do patrono da educação brasileira, Paulo Freire.” O Documento final da etapa nacional da Conape (será divulgado em breve) no qual aponta as reivindicações do ramo da educação e as pautas do movimento rumo à reconstrução do País.
Além da carta compromisso foi aprovada na plenária final da Conape uma moção nacional com o título: Em Defesa da Pedagogia da Alternância; pois é com indignação que recebemos a notícia da publicação, no Diário Oficial da União do dia 23.06.2022 do veto integral ao PLC 184/2017 que inclui na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB a Pedagogia da Alternância como uma das metodologias adequadas aos estudantes da educação rural, sob a justificativa de que a matéria é inconstitucional e contraria o interesse público por considerar essa opção apenas para as escolas do campo.
Diante do exposto, nós dos movimentos sociais do campo, das águas, das florestas e das cidades presentes na segunda Conferência Popular de Educação, realizada em Natal nos dias 15 a 17 de julho de 2022, aprovamos uma manifestação e cobramos aos deputados/as e senadores/as que rejeitem o referido veto em sessão do Congresso Nacional, sendo necessário pelo menos 257 votos dos deputados federais e 41 votos dos senadores/as. CLIQUE AQUI PARA LER A MOÇÃO.
Tendo o entendimento que será importante uma movimentação nacional, a CONTAG lança junto com movimentos sociais do campo, das águas, das florestas e das cidades um abaixo assinado - CONTRA O VETO DO PLC 184/2017.
Não vamos nos calar diante de tamanho retrocesso. Não sairemos do campo para ir à escola, pois educação no campo é direito e não esmola.
Educação do campo é direito nosso, dever do Estado!
Fonte: Secretaria de Políticas Sociais da CONTAG