Reunida nesta quarta-feira (17), em São Paulo, a Executiva Nacional da CUT priorizou o debate sobre a realização da V Marcha Nacional da Classe Trabalhadora, cujo indicativo de data, como nas edições anteriores, é o início de dezembro.
Conforme o Plano de Lutas aprovado pela 12ª Plenária Nacional, a CUT vai buscar entendimentos com as demais centrais no sentido de priorizar a ratificação das Convenções da OIT que tratam do direito à negociação coletiva no serviço público (151), a que coíbe a dispensa imotivada (158), a redução da jornada de trabalho, a luta pelo fim do fator previdenciário e pela reforma agrária,igualdade de salários para homens e mulheres para trabalho de igual valor, defesa do Piso Nacional do Magistério, contra as fundações de direito privado, correção da tabela do Imposto de Renda e defesa das reservas do Pré-Sal, entre outras bandeiras.
De acordo com o presidente da CUT, Artur Henrique, "a Marcha se propõe a mobilizar, pressionar e negociar. Com base nesta concepção, estaremos debatendo com o Legislativo, o Executivo e o Judiciário a ampliação de direitos". Segundo Artur, "duas questões são particularmente graves: a criminalização dos movimentos sociais e recentes decisões dos tribunais superiores que retiram direitos, passando a legislar por conta própria".
Outro ponto que mereceu destaque foi a Cumbre do Mercosul, marcada para a segunda quinzena de dezembro na Bahia, onde antecedendo a reunião oficial dos chefes de Estado, o movimento popular realizará uma série de atividades, com ênfase no dia 15, com uma plenária sindical pela manhã e uma grande marcha dos movimentos sociais à tarde.
Frente aos recentes acontecimentos na Bolívia, onde os golpistas, com apoio da embaixada norte-americana, tentam promover o separatismo com base numa onda de violência e segregação contra a população indígena, a Executiva da CUT lançou uma nota repudiando tais crimes e convocou a militância a se fazer presente nesta quinta-feira (18), em frente ao Consulado da Bolívia, em São Paulo.
A Central também decidiu enviar a La Paz nos próximos dias uma delegação de solidariedade. Os debates continuam pela tarde enfocando entre outros pontos a luta contra as Fundações Estatais de Direito Privado e a Jornada Mundial pelo Trabalho Decente. FONTE: Portal CUT