Nem a chuva somada à brusca queda de temperatura conseguiu fazer frente à determinação dos trabalhadores paulistas de enterrar a emenda 3, tentativa ilegal e inconstitucional de inviabilizar a fiscalização para assaltar os direitos históricos dos trabalhadores. Convocados pela CUT, mais de 5 mil trabalhadores e trabalhadoras levantaram suas vozes em frente ao imponente prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na avenida Paulista, para repudiar a campanha da direção da entidade empresarial pela derrubada do veto presidencial à emenda. A concentração de metalúrgicos, comerciários, bancários, operários da construção civil, radialistas, jornalistas, aposentados e pensionistas, e muitas outras categorias, começou bem cedo da manhã, com os trabalhadores portando faixas, bandeiras, cartazes e muitos guarda-chuvas.
"A campanha da Fiesp, com o apoio da OAB-SP e da Rede Globo é de que fiscal não é juiz. A CUT, a CGTB e o conjunto dos movimentos sociais estão aqui para dizer que o trabalhador não é empresa, que quer acesso aos direitos constitucionais e à CLT, e que não vamos admitir qualquer tentativa de extinção ou flexibilização de direitos", afirmou o presidente nacional da CUT, Artur Henrique da Silva Santos. O líder cutista frisou que "é preciso que a sociedade saiba o que é a emenda 3, e parar isso é necessário que os companheiros se comprometam a fazer assembléia em suas bases, ampliar a comunicação e a informação".
Foram realizadas manifestações também em outras capitais do País. Em Brasília, a manifestação teve o apoio da Contag que levou dois mil trabalhadores e trabalhadoras rurais para a Esplanada dos Ministérios. A categoria já estava na Capital desde segunda-feira (21) para o Grito da Terra Brasil 2007. Com cartazes e faixas, eles fizeram passeata em frente ao Congresso Nacional e aos ministérios.
Fonte: Agência Contag de Notícias e site da CUT.