“A formação organizada pela Fetape é emocionante, faz o nosso trabalho se renovar. Desde que comecei a participar dessas atividades organizadas pela Federação, vivi os melhores momentos dos meus 13 anos de educação. Quando saio daqui, percebo que posso contribuir para mudar o mundo”. Essa fala da professora, Andréa Fátima da Silva, do Agreste de Pernambuco, é um exemplo do entusiasmo dos/as 140 educadores/as da EJA (Educação de Jovens e Adultos) Campo, durante a abertura do processo formativo que começou hoje e vai até a próxima sexta-feira ,no município de Carpina.
Para Andréa, o maior desafio do/a educador/a que atua no campo é resgatar permanentemente seus educandos/as. “Lidamos com pessoas que trabalham o dia inteiro, e que têm uma vida de muito sacrifício. Por isso, elas precisam ser motivadas todos os dias a permanecer estudando”. A educadora também afirmou que conta com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais do seu município, uma presença que considera fundamental para os bons resultados do seu trabalho.
Os/as participantes do encontro, que é coordenado pela Fetape, em parceria com a Secretaria de Educação do Estado, vão dar aulas para turmas da EJA Campo do Ensino Médio, nas regiões do Agreste e Sertão. No entanto, como esses/as educadores/as já atuaram no Saberes da Terra, a proposta é analisar as experiências já desenvolvidas, para que possam aprender com elas, mas também possam perceber que essa nova etapa exigirá uma dedicação ainda maior.
“Fortalecer essa parceria com os educadores e educadoras é estratégico, não só por causa das questões do Movimento Sindical dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais, mas também por questões humanitárias. Levar a discussão do campo para o campo é o nosso grande desafio. Isso porque, infelizmente, ainda amargamos o fechamento de muitas escolas rurais. Além dos mais, queremos que os educandos frequentem a sala de aula, mas, principalmente, que ampliem os seus conhecimentos”, avaliou o diretor vice-presidente da Fetape, Paulo Roberto, responsável pelo Setor de Políticas Sociais. Segundo ele, esse é um momento que contribui, ainda, para que seja intensificada a luta pela qualidade dessa política, que é a EJA Campo.
A educadora Margarida Zulmira de Oliveira, do Sertão do Araripe, avalia que esse momento formativo pode contribuir efetivamente para que os professoras e as professoras da EJA Campo percebam o quanto será necessário dinamismo para envolver os educandos e educandas. “Aqui, eles identificarão a importância de usar metodologias que possibilitem uma educação contextualizada, que conte a história da Educação do Campo para essas pessoas”, explicou.
FONTE: Assessoria de Comunicação da FETAPE