No campo, cerca de 16 milhões de pessoas têm alguma ocupação produtiva, dessas 5 milhões são assalariadas. Para discutir essa realidade a Contag sedia, de 3 a 5 de dezembro, o seminário Emprego e Trabalho na Agricultura Brasileira". "Temos muitos debates em curso no Brasil, mas no momento atual, o trabalho no campo toma projeções especiais pelo modelo de desenvolvimento que o Brasil vem adotando. Esse evento tem importância histórica e estratégica", disse o vice-presidente da Contag, Alberto Broch, durante a abertura do evento."Os desafios e oportunidades no campo são muitos, especialmente pela expansão do agronegócio. Precisamos debater, por exemplo, a questão ambiental: como crescer sem prejudicar o meio ambiente", ponderou Carlos Américo Basco, representante do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), um dos organizadores do seminário. Na solenidade de abertura também estiveram presentes representantes de organizações parceiras como o Nead/MDA, OIT, Dieese e Unicamp.Nesta segunda-feira (3), o presidente do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), Márcio Pochmann, falou sobre o tema "Panorama atual do emprego rural e desenvolvimento sustentável". "Para o Ipea esse seminário tem significado especial. O setor agrícola brasileiro vive grande desigualdade com situações de grave pobreza. Precisamos olhar esse segmento e pensá-lo a longo prazo, de forma integrada", considera Pochmann.Nesta terça-feira (4), as atividades do seminário começam às 9h com uma mesa redonda que vai discutir a configuração e as tendências das atividades produtivas e do mercado de trabalho no meio rural. Participam da discussão representantes do IBGE, da Embrapa, do Ipea, além do professor da UnB, Mário del Grossi.Angélica CordovaAgência Contag de Notícias