A Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) recebeu com tristeza a notícia do falecimento do Papa Francisco, o primeiro pontífice latino-americano e também o primeiro a ter o nome de Francisco, assumir a defesa da Igreja atenta às dores e lutas dos mais pobres e marginalizados.
No seu pontificado, que durou 12 anos, defendeu a renovação da Igreja, acolhendo na fé e esperança as mulheres para cargos importantes no Vaticano e pessoas LGBTQIAPN+, o diálogo inter-religioso, a paz, a importância dos sindicatos para a democracia e os direitos, a defesa do meio ambiente, dos direitos sociais básicos sob a premissa de “terra, teto e trabalho”. Francisco disse: “Os sindicatos são chamados a serem a voz de quem não tem voz”. E afirmou também em outra ocasião: “Não existe uma boa sociedade sem um bom sindicato – e não há um bom sindicato que não renasça todos os dias nas periferias”.
Ao longo desse tempo, Francisco deixou o seu exemplo de fidelidade, fé, coragem e amor universal. Ele mesmo disse: “Não há democracia com fome, nem desenvolvimento com pobreza, nem justiça na desigualdade.”
Além de sempre destacar a importância de lutarmos por dignidade e combate às desigualdades, o Papa Francisco sempre reconheceu a importância das famílias agricultoras na produção de alimentos saudáveis e na conservação do meio ambiente. “As famílias que trabalham na agricultura são louváveis pela forma solidária e delicada com que cultivam a terra. Favorecendo sistemas agroalimentares mais inclusivos e eficientes”, disse.
A CONTAG expressa o seu pesar à Igreja Católica pela perda do seu maior líder, a todas as pessoas que tinham em Francisco admiração e respeito e a todos os familiares e amigos. Era um dos grandes líderes mundiais, como referência para cristãos e não cristãos, cuja mensagem e exemplo de vida ultrapassaram o ambiente da Igreja Católica.
Papa Francisco, presente!