A construção de um projeto de desenvolvimento dos territórios brasileiros que complemente a política de governo sobre o tema é um dos pontos principais do coletivo de desenvolvimento territorial, que se iniciou nesta segunda-feira (8/2), na sede da Contag, em Brasília. O debate, que inclui lideranças sindicais, representantes de federações, além de dirigentes da Contag e coordenadores regionais, é a primeira atividade do ano. Na oportunidade, o presidente da Contag, Alberto Broch, fez um apanhado das mais recentes conquistas do movimento sindical, entre elas, a intensa mobilização nas eleições dos Estados e para a presidência da República e citou eventos importantes da agenda que se inicia como a Marcha das Margaridas, o GTB (Grito da Terra Brasil), e o Enafor (Encontro Nacional de Formação). O dirigente lembrou que o coletivo de desenvolvimento territorial é fruto de encontros regionais ocorridos em 2009 com as bases, de onde saíram inúmeras propostas decorrentes da realidade das comunidades. “Assumimos que a territorialidade é uma política de governo, mas precisamos nos apropriar mais dela porque vem ao encontro das aspirações do movimento sindical”. Ele explicitou ainda a importância das federações de trabalhadores e trabalhadoras rurais no processo de construção do projeto de desenvolvimento territorial. “Esse é um projeto coordenado e elaborado pela Contag, mas compartilhado com as Federações do ponto de vista político, já que ele será executado com a ajuda dessas entidades”, afirma. A secretária de Mulheres da Contag e uma das coordenadoras desta ação do coletivo, Carmen Foro, ressaltou a dedicação do movimento para o sucesso das ações dentro dos territórios. “Mais que implementar as metas físicas, precisamos compreender esse projeto como meta estratégica da Contag, de atuação nesses territórios e implementação de políticas públicas”, afirmou. Outro coordenador do projeto, o secretário de Política Agrícola, Antoninho Rovaris, acrescentou que a institucionalização do coletivo é importante porque ajuda a pensar na necessidade de uma ação mais intensa do que a já executada. “Nós não temos conhecimento concreto do que acontece nos territórios. Precisamos entender a política da territorialidade para trabalhar dentro de uma perspectiva voltada para as nossas necessidades. Por isso, meu chamamento vai para a priorização do tema, já que o projeto prevê a capacitação de dirigentes e assessores, além de outras ações”, disse. Programação – Nesta tarde os participantes recebem o diretor de Cooperativismo, Negócios e Comércio da Secretaria de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Manoel Vital Filho, para falar sobre o panorama da política de desenvolvimento territorial. Às 16h, será a vez de o público conferir a apresentação do projeto do movimento. O encerramento do coletivo será às 18h, sendo retomado na terça-feira, às 8h. FONTE: Agência Contag de Notícias - Danielle Santos