O Censo Escolar, realizado pelo Ministério da Educação em 2011, comprovou que as populações do campo e da floresta ainda enfrentam enormes desafios para acessar a política de educação. Do total de estudantes matriculados, apenas 12,4% são de escolas do meio rural. Das crianças rurais de 0 a 3 anos, apenas 6,98% têm acesso a creches, e de 3 a 5 anos, 66,8% estão na educação infantil. Já no ensino fundamental, o índice de matrícula é de 91,96% e no ensino médio de 18,43%. Além disso, nos últimos 5 anos foram fechadas 13.691 escolas do campo. No meio rural, 10,4% das escolas não possui água potável, 15% não têm energia elétrica e 14,7% estão sem esgoto sanitário.
Por esse e outros motivos, o Programa Nacional de Educação do Campo (Pronacampo), lançado em 20 de março de 2012, trata-se de uma grande expectativa da CONTAG e de outras organizações sociais do campo. Ele reúne um conjunto de ações articuladas que visam a melhoria do ensino dentro dos seguintes eixos: Gestão e Práticas Pedagógicas; Formação de Professores; Educação de Jovens e Adultos, Educação Profissional e Tecnológica; e Infraestrutura Física.
A partir destes eixos, o secretário de Políticas Sociais da CONTAG, José Wilson, enfatiza que ainda são muitos os desafios para a efetivação do Pronacampo, dentre eles que o MEC faça um amplo debate com a sociedade sobre as ações do Programa, que amplie o número de instituições para atuar nas ações de formação e qualificação profissional, e que construa uma estratégia de participação efetiva dos movimentos sociais e sindicais nas ações desse programa em âmbito nacional, estadual e municipal. “É um programa importante, mas muitos esforços ainda são necessários para efetivá-lo como política pública e mudar a realidade da escola rural”, observa o diretor. FONTE: Imprensa CONTAG