A direção da CONTAG, cumprindo a agenda da Semana Nacional de MOBILIZAÇÃO PELA REFORMA AGRÁRIA E AGRICULTURA FAMILIAR (22 a 25 de maio), participou de mais três audiências de negociação nos Ministérios da Fazenda, Desenvolvimento Social e Agricultura. As negociações estão definidas na pauta nacional do Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR). Cerca de 500 trabalhadores e trabalhadoras estão acampados no centro de Brasília, para acompanhar as negociações da Reforma Agrária e Política para Agricultura Familiar.
Aristides Santos, presidente da CONTAG, e Antoninho Rovaris, diretor de política agrícola da CONTAG, participaram das negociações nos Ministérios da Fazenda e Agricultura. “O Governo não se organiza e estamos há 12 anos sem regulamentação do Sistema de Atenção à Sanidade Agropecuária, para garantir a certificação dos nossos produtos”, reclamou o diretor da CONTAG. A isenção do IPI dos agrotóxicos e a falta de tributação do setor prejudica a economia e piora a qualidade dos alimentos com veneno”, criticou Antoninho Rovaris aos dirigentes da Fazenda e Agricultura.
O vice-presidente da CONTAG, Alberto Broch, e a diretora de políticas sociais, Edjane Rodrigues, representaram os trabalhadores e trabalhadoras na audiência do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Os dirigentes reclamam dos poucos avanços da parte do Governo Federal. A CONTAG priorizou no Ministério do Desenvolvimento Social, as questões do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), convivência com o semiárido - questão hídrica (cisternas), INSS digital (implantação), CNIS – Cadastro Nacional de Informações Sociais – rural.
“Mesmo não satisfeitos do ponto de vista de avanços, conversamos sobre a dificuldade que estamos enfrentando para a adesão dos sindicatos ao acordo que firmamos no âmbito do INSS Digital. Ficou acertada uma reunião para tratar especificamente desse tema. Essa reunião vai acontecer no dia 5 de junho”, informou Edjane. A dirigente da CONTAG disse, ainda, que além dessa pauta, a reunião irá tratar do 2º módulo do CNIS Rural. “O ministro também apresentou as dificuldades que está enfrentando, mas fez o compromisso de construir caminhos para sanar os problemas”, completou.
“Não foi das melhores audiências, pois não resolveu os nossos problemas. Mas, pelo menos, o ministro encaminhou questões relacionadas ao INSS Digital. Também serviu para tratarmos da falta de orçamento para o programa de compras governamentais, especialmente PAA e PNAE”, avaliou Alberto Broch.
FONTE: Luiz Henrique Parahyba