O auditório Freitas Nobre, da Câmara dos Deputados, ficou pequeno na manhã desta quarta-feira (2/3) diante da quantidade de parlamentares e representantes de organizações sociais que compareceram para debater junto à diretoria da Contag e às lideranças sindicais das 27 federações de trabalhadores (as) rurais vinculadas à entidade as proposições do movimento sindical para a atual legislatura. Na presença de mais de 40 parlamentares, a diretoria da Contag apresentou os 18 pontos entregues em um documento formulado pelas bases e que culminam na produção de alimentos e na preservação do meio ambiente. O tema mais debatido durante o encontro foi o que trata da modificação no Código Florestal Brasileiro. A intenção da Contag é de que os itens já acordados entre todas as lideranças sindicais do campo durante um longo processo de diálogo entre os(as) trabalhadores(as) rurais sejam acatados pelo relator da matéria, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). “Para o bem da agricultura familiar brasileira, do meio ambiente e de um Código Florestal mais justo, nós vamos lutar muito para que essas sugestões sejam levadas em conta. O conceito da agricultura familiar sendo citado no Código vem fortalecer o segmento e fazer justiça”, afirma o presidente da Contag, Alberto Broch. Ele defende mudanças estruturais no texto do relator que diferenciem as grandes das pequenas propriedades. “Não há por que as grandes propriedades se enquadrarem na proposta de quatro módulos, pois elas se beneficiam da flexibilização na legislação ambiental. No nosso entendimento, toda a diferenciação da legislação seria para as propriedades que se enquadram na lei da agricultura familiar”, avaliou o dirigente. “Temos de partir para o interesse da população e do País. Temos de encontrar uma forma de preservar os dois interesses e é esse o esforço que temos realizado. Vamos examinar as propostas da Contag e procurar a solução mais próxima do consenso”, ressaltou o deputado federal Aldo Rebelo. Segundo ele, há um compromisso do presidente da Câmara dos Deputados e dos líderes partidários para votação da matéria até o fim do mês. “Há um clamor no campo, dos pequenos, dos médios e dos grandes diante da possibilidade do vencimento do decreto do presidente Lula de 13 de junho. Creio que é possível votarmos até o fim de março”, previu. Apoio – A presença massiva das lideranças sindicais na Câmara foi um dos fatores para fazer da reunião os deputados um importante momento de interlocução acerca dos interesses do movimento sindical do campo, de acordo com Alberto Broch. Ele agradeceu também a presença dos parlamentares e reiterou o interesse da Contag em contribuir para o enriquecimento dos debates dentro do Congresso Nacional. “Queremos colaborar com vocês. Formular propostas e dar contribuições. Da mesma forma, queremos contar com essa força extraordinária de autoridades que têm legitimidade da sociedade e que conhecem bem essas necessidades desse nosso país”, disse Broch. Após a reunião, as lideranças sindicais se dividiram entre as comissões de Agricultura e Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, para intensificar o trabalho de sensibilização dos parlamentares. FONTE: Agência Contag de Notícias - Danielle Santos
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