A CONTAG declara seu apoio aos estudantes do curso de Licenciatura em Educação do Campo da Universidade Federal do Piauí (UFPI) Francisco Sávio, Igor Ribeiro e Daniel Santos, que estão sendo processados pelo Ministério Público Federal por suposto dano ao patrimônio público durante manifestação feita na reitoria da universidade em agosto de 2017. Por causa desta denúncia, os estudantes também são investigados pela Polícia Federal, o que torna clara a tentativa de criminalizar o direito à manifestação e intimidar a organização estudantil. No dia 8 de agosto de 2017, os alunos do curso de Licenciatura em Educação do Campo da Universidade Federal do Piauí, junto com representantes dos movimentos sociais, ocuparam a frente da reitoria da UFPI, no Campus Ministro Petrônio Portella, com o objetivo de solicitar ao reitor a publicação de edital para o ingresso na universidade de 240 novos alunos do campo. A publicação do edital tinha sido acordada em audiências anteriores com o reitor e constava no calendário acadêmico, mas ainda não tinha sido realizada. Estamos de acordo com a nota publicada pelo Movimento Estudantil da Licenciatura em Educação do Campo (MEEC-Piauí) que afirma: “os estudantes que estão sendo criminalizados neste processo estão sendo vítimas de perseguição política por terem atuado no movimento estudantil da Educação do Campo, numa clara tentativa de intimidação a eles e aos demais licenciados”. A CONTAG defende o direito ao ensino público de qualidade, especialmente aos sujeitos do campo, floresta e águas, que são fundamentais para a produção de alimentos saudáveis, segurança e soberania alimentar de nosso País, além de serem guardiões de tradições, culturas e saberes inestimáveis para nossa sociedade. A educação do campo, no campo e para o campo, baseada na pedagogia da alternância, é um dos alicerces para o desenvolvimento rural sustentável e solidário que defendemos, e também um direito de todos(as) os cidadãos(ãs) do meio rural brasileiro. FONTE: Diretoria da CONTAG