Representantes das Federações de Trabalhadores (as) Rurais - FETAGs de todo o país, diretores e assessores da CONTAG estão reunidos participando do Coletivo Nacional de Assalariados (as) Rurais desde o início da manhã dessa quarta (25 de janeiro) até a próxima sexta. Na abertura dos debates e após as apresentações gerais, o secretário de Assalariados (as) Rurais da CONTAG, Antonio Lucas, falou sobre a proposta de programação do encontro e fez uma análise crítica sobre a realidade dos assalariados: “O assalariado quer seu diploma de ingresso para a terra e o governo não tem projeto, nem criou, nem discutiu sobre o assunto. O assalariado não vai atrás de um recursozinho ou de um dinheirinho. Ele vai mesmo é à luta por melhores condições de trabalho”, analisa. Demonstrando preocupação, Antonio Lucas adianta que 2012 será um ano intenso para o movimento sindical. Preocupado com a reforma da previdência, ele cita a proposta de setores da Previdência Social para que o trabalhador assalariado de curta duração pague sua contribuição através de carnê: “Isso significaria uma contribuição individual, sem vínculo! Essa mudança de regra não nos interessa. Seria um retrocesso”, critica Lucas. Também presente na abertura do encontro o secretário de Políticas Sociais da CONTAG, José Wilson: “Precisamos valorizar esse momento, priorizando o debate sobre a realização da grande Marcha dos Assalariados. Pensamos em ações da Previdência Social que contemplem os assalariados rurais. As ações conjuntas são muito necessárias ao movimento sindical e, por isso, a partir de nosso planejamento a CONTAG vem promovendo ações articuladas”. Na tarde de hoje os representantes da Caixa Econômica Federal – CEF Marion Bittencourt (superintendente de Habitação Rural), Edylene Drumond (Gerente Habitacional de Interesse Social) e César Ramos, do Ministério das Cidades, falaram sobre os programas de habitação da instituição e da possibilidade de inclusão dos assalariados(as) do campo e da cidade.
Capacitação dos Assalariados Considerando a demanda de 400 mil trabalhadores (as) o movimento sindical reivindicou no Grito da Terra Brasil de 2011 a criação de uma política nacional para os trabalhadores (as) rurais, tendo por base a escolarização, qualificação, requalificação e a geração de novos empregos para a recolocação daqueles que se encontram desempregados por causa da mecanização e das inovações tecnológicas. O MSTTR reivindica, também, a criação de Grupos Trabalho (GT) a nível federal e regional, para discussão do assunto. O Programa de Qualificação para Trabalhadores Atingidos pela Mecanização, produzido pela CONTAG, será apresentado durante a programação do coletivo. Amanhã, começam as discussões, propostas e encaminhamentos para a Marcha dos Assalariados e, à tarde, será produzida a sistematização da pauta de reivindicações e definidas as estratégias de negociação com o Executivo, Legislativo e Judiciário. Na sexta-feira serão feitos os encaminhamentos finais e encerramento do coletivo.
FONTE: Imprensa Contag - Maria do Carmo de Andrade Lima