No último dia 3 de outubro o movimento sindical do campo fez valer nas urnas a vontade de participar ativamente do cenário político nacional. Foram oito parlamentares em todo o país, sendo três para a Câmara dos Deputados e cinco para as assembleias legislativas. O paraense Beto Faro (PT) já dirigiu a Fetag do estado e foi presidente da CUT estadual. Esta é a segunda vez que ele tem a oportunidade de representar o movimento sindical do campo no Congresso Nacional. “Nós precisamos aprofundar reformas dentro das próprias organizações, instituições governamentais que trabalham com essa questão do campo, como o Incra e o MDA. Acho que devemos dividir melhor o bolo da União, principalmente, nesse aspecto da reforma agrária. O sindicalista Zé Maria saiu vitorioso logo na primeira candidatura. Ele já foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras rurais de Juruti e secretário de Finanças, Políticas Sociais, Organização e Formação Sindical e Assalariados e Assalariadas Rurais. “Temos muito que fazer na região em prol da reforma agrária e contra a violência no campo. Outra luta na qual temos de combater é a da previdência social rural, no sentido de fortalecer a relação do movimento com o INSS. A saúde também precisa ser fortalecida nas comunidades rurais mais afastadas, assim como a articulação de uma estratégia contra o trabalho escravo e o trabalho infanto-juvenil. Também acho possível trabalharmos com desenvolvimento sustentável por meio da preservação da nossa biodiversidade”, disse. O povo já elegeu os senadores, deputados federais, estaduais e distritais. Governadores de alguns estados também foram eleitos no primeiro turno. Resta agora a eleição para presidente e para o governo de nove estados. O presidente da Contag, Alberto Broch, reitera a necessidade de o movimento sindical do campo trabalhar para eleger a candidata Dilma Rousseff no segundo turno. FONTE: Danielle Santos, Agência Contag de Notícias