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ECONOMIA
Brasil gera mais de 1,45 milhão de empregos formais em 2008
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21 de Janeiro de 2009

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Foram gerados 1.452.204 empregos formais no ano de 2008, o que representou um crescimento de 5,01% no estoque de assalariados celetista em relação a dezembro de 2007. Mais pessoas desfrutando de benefícios como 13º salário, férias remuneradas, FGTS e acesso ao seguro-desemprego. Em termos absolutos, este foi o terceiro melhor resultado da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado estasemana pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. Os recordes anteriores foram em 2007 (1.617.392 postos) e 2004 (1.523.276 postos).

O desempenho mais modesto em 2008 reflete os efeitos negativos da crise financeira internacional sobre o mercado de trabalho, vislumbrados em outubro e confirmados nos meses de novembro e dezembro. No último mês do ano, foram fechados 654.946 postos. O Brasil possui hoje em estoque 30.418.394 trabalhadores formais, sendo que 7.720.972 postos só entre 2003 e 2008. "Um momento de crise não é momento de retirar direitos dos trabalhadores. Precisamos chegar a um acordo que não prejudique os trabalhadores. O Brasil, que pertence ao contexto globalizado, sofreu em dezembro com a crise. Já conversei com o presidente Lula sobre novas medidas que poderão ser adotadas para defender os trabalhadores, que têm como foco a geração de emprego", destacou o ministro Lupi.

Setores - Todos os setores apresentaram crescimento no nível de emprego em 2008. Em termos absolutos, Serviços, com o aumento recorde de 648.259 postos de trabalho (+5,67%), liderou a geração de postos com carteira assinada no período. Em seguida vêm os setores do Comércio (+382.218 postos; +5,91%); da Construção Civil (+197.868 postos; +12,93%) - resultado recorde da série do período e a maior taxa de crescimento dentre todos os setores -; e da Indústria de Transformação (+178.675 postos ou +2,55%). A agricultura, ao responder pela elevação de 1,22% ou acréscimo de 18.232 empregos, apresentou um comportamento mais modesto, mas sinaliza a manutenção da trajetória de recuperação verificada em 2006 (+6.574 postos ou +0,45%), quando comparado ao mesmo período de 2005 (-12.878 postos ou -0,87%) e confirmada em 2007 (+21.093 postos ou +1,43%).

Regiões - Em termos geográficos, os dados mostram expansão generalizada do emprego. Nas grandes regiões verificou-se o seguinte comportamento: Sudeste (+840.299 postos ou + 5,21%), o segundo melhor resultado, superado pelo ocorrido em 2007 (+949.797 postos ou +6,25%); Sul (+275.363 postos ou + 5,12%); Nordeste (+203.617 postos ou +4,82%), a segunda maior geração de empregos, muito próxima do recorde registrado em 2007 (+204.310 postos ou +5,08%); Centro-Oeste (+106.351 postos ou +5,26%), o segundo maior saldo do período, menor apenas que o verificado em 2004 (+111.302 postos ou +6,48%) e Norte (+26.574 postos ou +2,20%).

Dezembro de 2008 - No mês de dezembro verificou-se redução de 654.946 postos de trabalho, queda de 2,11%, tomando como referência o estoque do mês anterior. Tradicionalmente, os dados do Caged evidenciam uma marcada sazonalidade negativa (entressafra agrícola, término do ciclo escolar, esgotamento da bolha de consumo no final do ano, fatores climáticos) no mês de dezembro, que permeia quase todos os subsetores de atividade econômica e estados. Além dos fatores sazonais, o comportamento do emprego no mês de dezembro também é alimentado por fatores conjunturais que amenizam ou acentuam a sazonalidade negativa presente no mês. Em dezembro do ano passado, todos os subsetores e Unidades da Federação apresentaram declínios acentuados no nível de empregos.

Em termos setoriais, a Indústria de Transformação (-273.240 postos ou -3,67%); a Agricultura (-134.487 ou -8,14%); os Serviços (-117.128 postos ou -0,96%) e a Construção Civil (-82.432 postos ou 4,55%) foram os principais setores responsáveis pelo declínio do emprego no mês. Quanto aos estados, os que mostraram as maiores quedas foram: São Paulo (-285.532 postos ou -2,74%), Minas Gerais (-88.062 postos ou -2,64%), Paraná (-49.822 postos ou -2,36%), Santa Catarina (-27.843 postos ou -1,78%) e Rio Grande do Sul (-27.678 postos ou -1,33%). FONTE: Presidência da República



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