O dia 25 de novembro é uma data importante para as mulheres de todo o mundo, pois é o Dia Internacional da Não Violência Contra as Mulheres. Para o MSTTR, esse não é um dia de comemoração, mas um dia de luta. Para marcar a data, a Comissão Nacional das Mulheres Trabalhadoras Rurais fez um ato durante a Reunião do Conselho Deliberativo da Contag e publicou os dados de uma pesquisa intitulada Violência contra as mulheres trabalhadoras rurais nos espaços doméstico, familiar e no MSTTR.A violência é uma pauta histórica entre as trabalhadoras rurais, como explicou a secretária de Mulheres da Contag, Carmen Foro. Desde a aprovação, no último congresso da Contag, esse tema passou a fazer parte da agenda de luta das trabalhadoras rurais, lembrou. A secretária ainda ressaltou que desde a realização da 1ª Marcha das Margaridas, realizada em 2000, as mulheres vêm denunciando que as trabalhadoras rurais sofrem violência, sob vários aspectos. Pautamos o Governo e também o movimento sindical, e precisamos relacionar isso a importantes conquistas, como a Lei Maria da Penha, que tem o sentido de punir a violência contra as mulheres A pesquisa publicada durante o ato, para marcar o dia 25 de novembro, foi realizada durante a 4ª Plenária Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais, que aconteceu em novembro de 2008. Os dados são referentes às respostas de 529 mulheres das diversas regiões do País, com vários objetivos, entre eles o de levantar proposições para a prevenção, o combate e a assistência às mulheres trabalhadoras rurais em situação de violência.A pesquisa revelou situações que merecem a reflexão de toda a sociedade, pois das 529 mulheres entrevistadas, mais da metade delas (55,2%), já sofreram algum tipo de violência. A violência sofrida pelas mulheres não se resume à violência física e sexual. Os abusos se estendem à violência patrimonial e moral (de cada 10 mulheres entrevistadas, 7 alegaram sofrer violência psicológica). Mas alguns dados também impressionam pelo avanço da condição da mulher na sociedade. A participação política e social é relevante, visto que os dados mostram que 41,2% das mulheres participam de partidos políticos e 38,9%, de grupo de mulheres. Além dos dados revelados em relação à violência contra a mulher, foram levantados também alguns pontos para mudar essa situação, como: campanhas de enfretamento à violência; ação junto ao poder municipal; reunião nas comunidades e programas de formação, pois 96,4% das mulheres entendem que o MSTTR deve atuar no enfrentamento à violência doméstica e familiar. FONTE: Suzana Campos, Agência Contag de Notícias