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MARCHA DAS MARGARIDAS 2019
Assembleias de Mulheres e Jovens marcam um domingo de debates no Acampamento Lula Livre em Brasília
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15 de Abril de 2018


Verônica Tozzi, Juliana Benísio e Janelson Ferreira
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Todo dia é dia de luta, inclusive no domingo. E foi com muito debate que a programação desse domingo começou. Após ao tradicional Bom Dia para o presidente Lula, foram realizadas duas assembleias pela manhã – de mulheres e de jovens, e as duas contaram com a participação da CONTAG.

A Assembleia das Mulheres, que começou às 9h30, contou com a apresentação da secretária de Mulheres da CONTAG, Mazé Morais, e da liderança do MST, Sandra Catanhede.

A representante do MST iniciou fazendo um balanço das ações do 8 de Março coordenadas pelo movimento, como ocupação de áreas, protestos, participação no Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA), denunciando o patriarcado e todos os tipos de violência. “É importante o nosso papel de lutar, de ir avante e buscar os nossos direitos, direitos iguais”, destacou Sandra.



A secretária de Mulheres da CONTAG fez um resgate da organização das mulheres no MSTTR, a aprovação da cota de, no mínimo, 30% nas instâncias do movimento sindical e o avanço que isso significou na ampliação da participação das mulheres no movimento sindical. Trouxe, ainda, o processo de construção da Marcha das Margaridas, tendo a sua primeira edição em 2000 e, recentemente, a conquista histórica da aprovação da paridade de gênero nas instâncias do MSTTR.

Como boa parte das mulheres trabalhadoras rurais que estão no acampamento conhecem pouco a história da Marcha das Margaridas, Mazé Morais aprofundou a apresentação sobre a maior ação de massa coordenada pela CONTAG. “Em 2000, a primeira Marcha aconteceu em momento difícil, durante governo FHC, de projeto neoliberal, de privatizações. Um dos objetivos foi fortalecer a organização, mobilização e formação das mulheres trabalhadoras rurais na luta feminista, e dar visibilidade à contribuição política das mulheres. Também teve como objetivo denunciar a fome e outras dificuldades enfrentadas pelas mulheres. A Marcha das Margaridas é uma ação dialogada desde a base, do acampamento, do assentamento, das associações, sindicatos e assim por diante, ou seja, tem todo um processo de construção e mobilização desde a base”, explicou.



A dirigente aproveitou para convidar todas as companheiras a se integrarem ao processo de construção da Marcha das Margaridas 2019. “Já estamos nos mobilizando e construindo a Marcha de 2019. Atualmente, temos 11 organizações parceiras, mas estamos abertas a mais parcerias das mulheres do campo, das florestas e águas para fortalecer a Marcha das Margaridas e garantir ainda mais conquistas para as mulheres”, convidou.

Depois das apresentações das dirigentes das duas organizações, as mulheres foram divididas em três grupos para fazer cochichos sobre qual o papel das mulheres na atual conjuntura.



No final da manhã tivemos a Assembleia da Juventude, com a participação da secretária de Jovens da CONTAG, Mônica Bufon, do líder da juventude do MST no DF, Rafael Bastos, e do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS).

O deputado fez uma análise de conjuntura, destacando a ofensiva do capital e da burguesia que se sentiu ameaçada pelo fato de o Brasil ser comandado por um governo de esquerda. “A burguesia monta estratégias para o golpe, mesmo com a rejeição da sociedade a um governo que exclui, oprime e massacra o povo. Então, com o golpe, o Brasil passa a ter um governo que governa para poucos, que quer tirar o povo das ruas e impedir que um governo popular possa retornar ao poder”, destaca Paulo Pimenta.

Mesmo com a perseguição política a Lula, o deputado destaca o resultado das últimas pesquisas eleitorais, que apontam Lula ainda disparado se comparado a outros pré-candidatos(as). Além disso, destacou a importância da visibilidade, respeito e força que Lula tem em outras países. “Por isso prenderam um inocente, nem sequer querem garantir os seus direitos. Mas a esquerda unida fará a diferença no nosso País”, enfatizou.



A secretária de Jovens da CONTAG destacou na assembleia o Protagonismo da Juventude nos diversos espaços. “Nesta conjuntura, as juventudes urbana e rural precisam se somar, se unir, para fazer a contraposição a este governo ilegítimo, que oprime e exclui e violenta a juventude”, disse Mônica.

“A juventude é o presente e o futuro do nosso País, por isso, precisamos nos fazer presentes nos diálogos e mobilizações, combater esse desmonte do Estado brasileiro e das políticas públicas. Essa conjuntura que grita urgentemente por uma luz que é Lula. Com a nossa força e organização vamos resistir e exigimos Lula livre”, completou a secretária de Jovens da CONTAG.

Mônica encerrou a sua apresentação cantando e convocando o povo para a luta: “Essa luta é nossa, essa luta é do povo, é com justiça que se constrói um Brasil novo” e “Juventude que ousa lutar, constrói o poder popular”.



O representante do MST, Rafael Bastos, ressaltou que a juventude foi protagonista das lutas das políticas públicas para o campo e a cidade. “Avançamos em conquistas como a reforma agrária, as linhas de crédito, a educação do campo e outras. Mas, agora, estamos perdendo tudo o que conquistamos. Estamos sofrendo, mas a nossa força jovem nos faz resistir”.



Além das duas dirigentes que contribuíram nas assembleias, a CONTAG também esteve representada neste domingo no Acampamento Lula Livre pelo vice-presidente e secretário de Relações Internacionais, Alberto Broch, pela secretária de Meio Ambiente, Rosmari Malheiros, e pela assessoria e assistentes técnicos.



Outro parlamentar que passou pelo acampamento neste domingo foi o deputado federal Rubens Otoni (PT-GO), que fez uma fala de defesa da liberdade de Lula e que eleições sem Lula é fraude.

PROGRAMAÇÃO

Às 15 horas foi realizada a Oficina de Cultura Popular com a Companhia de Teatro Burleska. Às 17h, foi apresentada a Peça Teatral “O Trabalho Doméstico e a Operária, com o Coletivo Terra em Cena. Está programada para às 19h30 a apresentação da Web série sobre o filme O Povo Pode, de Mauro di Deus.

DOAÇÕES

Está muito frio em Brasíia nos últimos dias e os trabalhadores e trabalhadoras acampados(as) estão sofrendo com a friagem e precisamos mantê-los firmes na luta.

Além de agasalhos e cobertores, também precisam de alimentos, materiais de higiene, água, entre outros produtos. As doações podem ser feitas diretamente no acampamento, localizado no estacionamento do Ginásio Nilson Nelson ou entregues na CONTAG (SMPW, Quadra 01, Conjunto 02, Lote 02, Núcleo Bandeirante/DF). FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Verônica Tozzi



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