O procurador federal dos Direitos do Cidadão, Aurélio Rios, recebeu uma comissão composta por representantes da CONTAG, das FETAGs, dos STTRs e de parceiras da Marcha das Margaridas para discutir a reabertura do processo do assassinato de Margarida Maria Alves, ocorrido há 30 anos.
O procurador afirmou que reabrir esse processo é uma tarefa difícil. No entanto, solicitou mais informações sobre o caso para avaliar a viabilidade da revisão desse processo judicial que já foi transitado em julgado. Também será preciso a sensibilidade do juiz e da promotoria da comarca de João Pessoa (PB), além de novos elementos e novas testemunhas para o caso.
A assessoria da CONTAG reforçou que esse é um caso emblemático e que a Comissão Camponesa da Verdade está trabalhando para incidir na Comissão Nacional da Verdade e está buscando também outros caminhos para haver a reparação política e econômica para a família, que passa por muitas dificuldades.
Rios orientou, ainda, que as margaridas prossigam com o processo na Comissão de Anistia, para que lá consiga o reconhecimento simbólico da luta de Margarida Alves, como uma vítima de crime político. "Está sendo trabalhada a memória e a verdade. É preciso trabalhar a memória, a verdade e a justiça", afirmou Rios, opinião compartilhada pelas margaridas.
"O que as margaridas também querem com a retomada desse processo é lutar pelo combate à impunidade", reivindicam as margaridas de todo o país. FONTE: Imprensa CONTAG - Verônica Tozzi