Olha Brasília está florida, estão chegando as decididas... Neste 8 de Março, as Margaridas fazem a primeira chamada para a Marcha das Margaridas 2019 em todo o País. No Dia Internacional de Luta das Mulheres, as agricultoras familiares estão defendendo a democracia, a garantia de direitos, a vida das mulheres, contra todas as formas de violência, entre outras demandas femininas.
Em Brasília, no início da tarde, a secretária de Mulheres da CONTAG, Mazé Morais, participou de uma aula pública com o tema "Pela vida das mulheres, em defesa da democracia, em defesa dos direitos, contra o racismo", em frente ao Museu Nacional da República, na tenda central.
A dirigente da CONTAG, que também é a coordenadora geral da Marcha das Margaridas, representou as agricultoras familiares e todas as Margaridas nesta aula pública. “Este é um dia muita luta, de muita resistência, em defesa da democracia e pela garantia dos nossos direitos. Com este governo ilegítimo, nós, trabalhadoras rurais, estamos sentindo na pele as crueldades desde o primeiro dia desse ‘desgoverno’ com a extinção do MDA e da Secretaria de Políticas para as Mulheres. Também estamos sentindo o aumento da pobreza e da miséria no nosso País. Portanto, precisamos intensificar a nossa luta”, destacou.
Mazé também pontuou que o 8 de Março desse ano tem um caráter diferenciado para as mulheres do campo, das florestas e das águas, por ser o momento da primeira chamada para a Marcha das Margaridas 2019. “Hoje, estão acontecendo ações em todo o nosso País, de forma unificada com as nossas Federações e Sindicatos e com as nossas organizações parceiras. As Margaridas estão chegando. Vamos ecoar em todos os cantos do Brasil a voz das margaridas, que não vamos aceitar mais retrocessos”, ressaltou a secretária de Mulheres da CONTAG e coordenadora geral da Marcha. A Marcha das Margaridas será realizada em agosto de 2019, em Brasília.
Outras companheiras que contribuíram com a aula pública foram a representante da Marcha Mundial de Mulheres, Wilma dos Reis, a vice-presidenta da CUT, Carmen Foro; entre outras lideranças de movimentos feministas do Distrito Federal e entorno.
A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) também prestigiou o ato e defendeu a liberdade das mulheres e o direito de o ex-presidente Lula ser candidato. “Eleições sem Lula é golpe! Lutamos pela vida das mulheres. Nossos corpos são nossos. Não somos só um útero e os nossos ovários são nossos também. Lutamos pela nossa liberdade. Lutamos para que não haja discriminação por sermos mulheres. Vamos lutar para termos mais mulheres no Parlamento e contra qualquer tipo de violência”, defende a deputada.
Antes de iniciar a aula pública, foi realizada uma mística forte, que denunciou a violência e a opressão contra as mulheres. Segundo dados oficiais, em média, 12 mulheres são assassinadas diariamente no Brasil. Em 2017, foram 4.473 homicídios dolosos, sendo 946 feminicídios, ou seja, casos de mulheres mortas em crimes de ódio motivados pela condição de gênero. Houve um aumento de 6,5% em relação a 2016, quando foram registrados 4.201 homicídios (sendo 812 feminicídios).
Durante a programação também aconteceram apresentações musicais, com Música Popular Brasileira (MPB), Hip Hop feminino, entre outros estilos para agradar a todos os gostos. Ao final da tarde foi realizada a marcha das mulheres do campo e da cidade.
FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Verônica Tozzi