Com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, a abertura oficial deu a largada para o III Seminário de avaliação e planejamento do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), que acontece hoje e amanhã (08), em Brasília, com a presença de beneficiários e dirigentes das Fetags. O secretário de Reordenamento Agrário, Adhemar Almeida relatou que o PNCF depende de muitas ferramentas, mas que ao final de oito anos, é uma vitória anunciar que existe um programa a favor da descentralização de terras e que “permite o processo de sucessão no meio rural e que o crédito fundiário é de fato uma ferramenta de inclusão e emancipação das famílias que serviu como instrumento de oportunidade para o povo pobre”, afirma. Após o depoimento de dois beneficiários, o presidente da Contag, Alberto Broch, falou em nome do MSTTR. Para o dirigente, a conquista do PNCF foi uma luta muito árdua dos trabalhadores (as) rurais, que começou a ser desenhada já em 1993. “Desde lá estamos reivindicando e só agora podemos ver os trabalhadores (as) acessando o programa que veio para ficar”, diz. Segundo Broch, o movimento sindical lutou muito para conquistar e acessar o PNCF e, inclusive, foi alvo de muitos preconceitos, que hoje caem por terra. “Enquanto tiver um trabalhador que queira continuar na terra e precise do crédito fundiário, confirmamos que estávamos certos e que nossa luta valeu muito a pena”, relata. O ministro Guilherme Cassel encerrou os discursos de abertura com um breve balanço dos oito anos do governo Lula em relação às políticas públicas para o campo. Segundo ele, a cara do Brasil mudou e a agricultura familiar, mesmo sem perder o tom reivindicatório, tem muito o que comemorar. O Ministro relembrou os preconceitos citados pelo presidente da Contag e disse que enquanto a renda média da população cresceu 11%, a renda da agricultura familiar cresceu 33%. “Isso se deve a uma série de programas, entre eles o PNCF, que possibilitou ao País ter uma malha fundiária com menos concentração de terra”, completou Cassel. Também estavam presentes na solenidade, os ex-presidentes da Contag, Manoel de Serra e Francisco Urbano, além do atual secretário de Política Agrária, Willian Clementino, comentarista de uma mesa de debate que acontece ainda hoje, e a vice-presidente e Relações Internacionais, Alessandra Lunas. Além do processo de avaliação do programa, na pauta do seminário também está prevista a apresentação de uma pesquisa sobre os fatores que afetam o desenvolvimento dos assentamentos da linha de Combate à Pobreza Rural e de fatores que afetam o prazo de tramitação de propostas. FONTE: Suzana Campos, Agência Contag de Notícias