A manhã fria registrada hoje (07) em São Luiz Gonzaga não foi suficiente para tirar o ânimo das sete mil pessoas que vieram de aproximadamente 80 municípios participar do 5º Grito de Alerta promovido pela Fetag e a Macrorregional Fronteira Missões Noroeste. A partir das 8h começaram a chegar as caravanas organizadas pelas regionais e Sindicatos dos Trabalhadores Rurais na Praça do Fórum.Em seguida, as pessoas se dirigiram até a porta do Ministério Público, onde o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, recebeu dois documentos, inclusive da OAB, manifestando apoio aos agricultores familiares. Ali foram feitas as manifestações de várias lideranças, enquanto a secretária-geral da Fetag, Elisete Hintz, lembrava todas as lutas e conquistas das quatro edições anteriores do Grito de Alerta Fronteira Missões Noroeste.
Joel aproveitou a deixa do “alerta” para enfatizar aos presentes a necessidade da manutenção da mobilização para que se garantam as conquistas já obtidas e que se impeçam a retiradas dos direitos dos trabalhadores. Além disso, o dirigente disse que o dinheiro desviado pela corrupção deixa de ser investido em agricultura, saúde, crédito fundiário e até mesmo na compra de vacinas contra a febre aftosa, que teve um corte nos recursos.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São Luiz Gonzaga, Geovani Luiz Hoff, anfitrião do evento, lembra que desde sua primeira edição, em seu município, o Grito de Alerta tem mantido grande participação de público, nunca inferior a cinco mil e hoje atingimos a meta dos sete mil. “Conseguimos resgatar a essência do 1º Grito de Alerta, que ocorreu aqui em 2011”, comemora.
Já o coordenador da Macrorregional Missões II, Agnaldo Barcelos da Silva, presidente do STR de Santo Antônio das Missões e Garruchos, também 2º secretário da Fetag, enfatizou que o Grito de Alerta é uma das ferramentas para a movimento sindical conquistar mais políticas públicas com o apoio de todos. Já o deputado estadual Elton Weber, falou de políticas estruturantes, pois sucessão rural e a permanência do jovem no meio rural significa melhorar a infraestrutura.
Por volta das 12h, os agricultores permaneceram na Praça Central, onde duas comissões se dirigiram à CEF para entrega da pauta, em especial a retomada do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), que em 2015 praticamente paralisou. Ao mesmo tempo, em Brasília, um grupo de lideranças da Fetag, Cooperativa Habitacional da Agricultura Familiar (Coohaf) e Macro, teve audiência em busca da liberação de recursos e contratação de projetos. Uma das respostas de Brasília é que até junho serão liberados recursos para os projetos habitacionais já assinados.
Às 13h foram retomada das atividades com o enterro simbólico da corrupção. Em seguida, ocorreu a caminhada até o trevo da BR 285 – RS 168, o qual dá acesso Santo Ângelo e São Borja. Ali houve o trancamento total da rodovia por cerca de 40 minutos.
FONTE: Assessoria de Imprensa FETAG-RS