Pelo terceiro ano consecutivo, a Fetaesc e os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais realizam pesquisa com produtores de tabaco em Santa Catarina para buscar dados concretos sobre esta atividade. A produção de fumo é um das atividades mais importante da Região Sul. Esta implantada em 780 municípios de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. São 180 mil famílias envolvidas com a fumicultura, com uma produção de 705 mil toneladas. Santa Catarina é o segundo maior produtor, são 59 mil famílias que produziram 233 mil toneladas na safra passada. A Federação tem programado cinco encontros para o treinamento de 112 pessoas, entre dirigentes e funcionários sobre o método de pesquisa. A meta é aplicar o questionário em 400 propriedades e a escolha dos entrevistados é feita por sorteio aleatório, isto é, nem todos são associados à entidade sindical que representa a sua categoria. A Federação aproveitará o encontro com as lideranças para informar sobre o Plano Safra. Os treinamentos vão ocorrer nos seguintes locais e datas: Sede da Fetaesc no dia 22 de julho; no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São Miguel do Oeste no dia 27 de julho; no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xaxim no dia 28 de julho; no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Joaçaba no dia 29 de julho e na Secretaria de Desenvolvimento Regional de Ituporanga no dia 30 de julho. O treinamento tem início sempre ás 09 horas. Dados da última pesquisa: A pesquisa realizada na safra passada aponta a presença, 39%, de agricultores de tabaco com idade na faixa etária entre 33 a 60 anos. Mostra também que 41% do público feminino jovem pretendem continuar vivendo no meio rural. A pesquisa identifica claramente que os produtores plantam tabaco por duas razões principais: venda garantida da produção e porque tem pouca área de terra. A terceira razão apontada é porque a atividade dá boa renda. Entre as principais dificuldades apontadas pelos produtores: o preço alto dos insumos (54%); problemas climáticos (49%). Um dos fatores que interfere diretamente no resultado da safra é o preço pago da mão-de-obra. A pesquisa também apontou variação de preço em regiões produtoras, sendo que o preço médio foi de R$ 43,92 por dia trabalhado. “Estes são fatores relevantes e interferem diretamente na lucratividade do produtor de fumo”, afirma o assessor de política agrícola da Fetaesc, o administrador Irineu Berezanski. Os resultados completos da pesquisa foram publicados em uma caderneta de bolso pela federação e estão disponíveis na internet: www.fetaesc.org.br .
FONTE: Comunicação da Fetaesc