Na safra passada, programa gerou renda adicional de R$ 100 milhões aos produtores no Paraná. No último dia 18, o secretário de Política Agrícola da FETAEP, Marcos Brambilla, esteve na Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento (Seab) para assinar a renovação do termo de parceria que incentiva o plantio de milho, feijão e pastagens após a colheita do fumo. Fazem parte dessa iniciativa indústrias de tabaco e outras entidades que representam os produtores. Este é o segundo ano consecutivo de manutenção desse programa, que gerou na safra passada uma renda adicional aos produtores de R$ 100 milhões, no Paraná, e de R$ 650 milhões nos três estados do Sul do País que produzem fumo. Além da FETAEP, assinaram o termo de parceria o secretário Norberto Ortigara e representantes do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), da Federação da Agricultura e do Estado do Paraná e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Faep/Senar) e Instituto Emater. O Governo do Estado quer ampliar essa parceria e tornar essa atividade mais ousada no Paraná, que também beneficia a questão social da manutenção do jovem no campo. “Com renda maior e incentivo, o jovem se mantém no campo. Essa renda não existiria não fosse a motivação dessa iniciativa”, disse Ortigara. Esse ano, além do cultivo do feijão e milho, a proposta foi ampliada para incentivar também o cultivo de pastagens para estimular a produção de leite. Para Brambilla, é importante levar a sabedoria e o conhecimento técnico das entidades parceiras para esse público específico, que é bem familiar e, muitas vezes, não tem a orientação e a informação necessárias para fazer a diferença nas atividades. “Essa parceria, sem dúvida, ajuda a melhorar a condição do fumicultor, sem depender de política pública, ajudando-o a andar com as próprias pernas”, disse. Custos - O incentivo para plantar grãos e pastagens após a colheita do fumo visa reduzir custos dos produtores com a fertilização da terra, que já recebeu os insumos para a cultura principal. Além disso, é uma forma de conservar o solo, uma das preocupações da Secretaria da Agricultura. “Com isso conseguimos proteger o solo, otimizar os recursos dos produtores e estimular a sustentabilidade na atividade rural”, ressaltou Ortigara. Dados - O Paraná terá uma área plantada com fumo de 80 mil hectares na safra 2016/17, concentrada na região Centro-Sul do Estado, envolvendo aproximadamente 28 mil produtores. De acordo com o Sinditabaco, aproximadamente 27 mil hectares estão sendo aproveitados para o cultivo de milho e feijão pós cultura do tabaco. “A intenção é ampliar esse cultivo para aumentar a produção de alimentos e a renda nessa propriedade”, disse o assessor de Relações Institucionais do Sinditabaco, Sérgio Rauber. No Brasil, o cultivo de milho e feijão pós-cultura do tabaco já abrange 152 mil hectares. Ortigara lembrou que o cultivo de fumo representa uma das cadeias produtivas mais organizadas do País e a renovação dessa parceria permite a ampliação de renda e o aproveitamento racional do uso do solo na sucessão do cultivo do fumo. “Essa proposta só é possível graças à condição invejável do nosso Estado de produzir de duas a três safras por ano”, disse o secretário. FONTE: Com informações da SEAB.