O público participante da oficina preparatória das ações do projeto nacional de articulação, construção e fortalecimento de redes de desenvolvimento e territorialidade e do Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável (PADRSS) iniciou os debates desta quarta-feira (27/4) sobre a “estratégia de desenvolvimento territorial para o MSTTR/contribuição do projeto para fortalecimento da territorialidade”.
O secretário de Política Agrícola, Antoninho Rovaris, explicou que um dos meios para se alcançar o desenvolvimento territorial são as políticas públicas, porém, elas refletem um modelo que não contempla a categoria. “Teremos de ter força de organização, força política e força de convencimento da sociedade para criação de um novo modelo e esse são um dos nossos desafios”, disse.
Ele disse ainda que as políticas públicas são importantes para o PADRSS e são instrumentos essenciais para a construção de uma sociedade justa, igualitária e solidária, mas que o maior problema é a concentração dessas políticas apenas nos centro urbanos.
O dirigente completou que para que se chegue ao resultado esperado é necessária a atuação do MSTTR nos espaços territoriais, a articulação e construção de parcerias com organizações que atuam no espaço territorial, entre outros. “Temos uma gama de políticas públicas na gaveta, à espera de uma decisão para saírem do papel. Precisamos nos apropriar dessas informações, daquilo que nos diz respeito e n os pertence para contribuir na decisão dessas políticas”, enfatizou Rovaris.
Segundo ele, entre os desafios do movimento sindical do campo nesse quesito estão o aprofundamento do debate sobre a diversidade dos sujeitos do campo, a realização de processos de capacitação das lideranças sindicais e a ampliação da capacidade de intervenção e proposição nos espaços de discussão e deliberação nos territórios.
Em seguida, a diretora de Ações de Desenvolvimento Territorial da SDT (Secretaria de Desenvolvimento Territorial), Fernanda Costa Corezola, apresentou as motivações do governo para tratar da abordagem rural, com uma releitura do que é esse espaço dentro da sociedade. Na sua explanação, ela afirmou que hoje não existe mais a ideia de que o meio rural é atrasado e vinculado ao passado, mas que deixou há muito tempo de ser associado unicamente ao agrícola, sendo o conjunto de relações de produção e reprodução social e espaço de relação com a natureza .
Ela explicou também os conceitos de território, colegiado territorial e plano territorial de desenvolvimento rural e sustentável. A diretora colocou ao público ainda as diretrizes do planejamento territorial do governo federa, com foco na sustentabilidade, no planejamento ascendente, nas participação social, na formação de competências e desenvolvimento humano e no enfrentamento à pobreza rural.
Além de apresentar os programas de governo que lidam com o desenvolvimento territorial, Fernanda Corezola citou os desafios da pasta vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário que são o de garantir a sustentabilidade, o enfrentamento à extrema pobreza rural, a gestão e implementação dos Planos Territoriais de Desenvolvimento Rural Sustentável e a consolidação do colegiado territorial como instância legítima e representativa da diversidade social. Ao final, ela esclareceu dúvidas dos participantes sobre diversos temas.
Programação - Às 14h30, a programação reserva apresentação e debate do projeto Contag/SDT, com ações e metas como estratégia de fortalecimento da ação do MSTTR e o debate sobre o pael e responsabilidade da Contag e filiados no desenvolvimento deste projeto. FONTE: Agência Contag de Notícias - Danielle Santos