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DIA NACIONAL DE COMBATE À DISCRIMINAÇÃO RACIAL
ENTREVISTA : “Sinto muito orgulho de ser uma jovem mulher negra e de fazer parte deste lugar chamado Quilombo Santa Cruz”, diz a agricultora familiar, Josicleia Vieira de Souza.
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03 de Julho de 2022


Arte - Fabris Martins
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Neste domingo, 03 de julho, é celebrado o Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial. A data que nos convida para refletir e discutir sobre preconceito e ações de combate ao racismo foi criada a partir da aprovação da lei n° 1.390, de 1951, proposta pelo jurista e escritor Afonso Arinos, sendo o primeiro código brasileiro contra preconceito de raça e cor da pele.  

Em ocasião do Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial, conversamos com a jovem agricultora familiar Josicleia Vieira de Souza sobre os desafios de ser negra no Brasil.

Josicleia tem 27 anos, é do quilombo Santa Cruz - Ouro Verde/MG, formada em Licenciatura em Educação do Campo pela Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri. Atualmente está na Coordenação Regional de Juventude Rural da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado de Minas Gerais (Fetaemg) e assessora da grife Kilombu Modas.


O que é ser mulher negra no Brasil?

Josicleia Vieira de Souza: 

Ser uma mulher negra nesta sociedade é muito desafiador, pois historicamente fomos ensinadas a não nos amar, a odiar os nossos corpos, o nosso cabelo. E nisso deixamos de ser quem somos para poder nos adaptar aos padrões da sociedade, um padrão que é “embranquecido”. Ser mulher negra pra mim começa quando nos aceitamos como somos, quando conhecemos a história do nosso povo preto, que por sinal tem  uma história maravilhosa de luta, de cultura e de conquistas. Costumo dizer que se assumir negra ou negro na atual sociedade é pra poucas(os), pois a maioria não quer carregar o peso do preconceito que muitas vezes temos que enfrentar. Nascer pessoa negra é uma coisa. Se tornar pessoa negra é o nosso grande desafio”.


Há muitas violências que a população negra enfrenta diariamente, sobretudo, as mulheres negras?  

Josicleia Vieira de Souza: 

As violências que as pessoas e mulheres pretas passam são tantas que fica difícil até citar, pois vão desde a abordagem de maneira desrespeitosa, agressões verbais com expressões racistas, assédio, sexualização dos nossos corpos até a violência da beleza. Apesar de sermos a maioria no Brasil, somos minoria no mercado de trabalho, na educação e as(os) que mais sofrem com a desigualdade social, com a fome e a insegurança alimentar. 


Diante deste cenário de exclusão, quais políticas públicas precisam ser acessadas pela população negra no Brasil?

Josicleia Vieira de Souza: 

Vendo para a realidade do quilombo Santa Cruz, penso que habitação digna, educação e saúde pública de qualidade, saneamento básico, alimentação saudável, trabalho e renda, segurança, esporte cultura e lazer. Essas políticas públicas precisam chegar para a população negra no campo, mas também nas periferias das cidades, para os povos indígenas, para aquelas e aqueles que historicamente são vítimas deste modelo de sociedade que exclui, segrega e tenta nos invisibilizar”.   

No Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial, qual a sua mensagem para todas e todos que são vítimas da discriminação racial? 

Josicleia Vieira de Souza: 

Podemos ser o que quisermos ser! Mas para isso é preciso conhecer e acolher a nossa história, pois somos um povo lindo, inteligente, criativo e com uma sabedoria muito grande. Vamos nos amar e cuidar. Sinto muito orgulho de ser uma jovem mulher negra e de fazer parte deste lugar chamado Quilombo Santa Cruz”. 

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 56% da população se declara como preta ou parda. 

Ser negra e ser negro no Brasil é todo dia!

Fonte - Comunicação CONTAG - Barack Fernandes




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