Salvador - Implantar assentamentos modelos no estado para servir de referência para a política nacional da reforma agrária. Este é um projeto do governo baiano que agrada os coordenadores dos movimentos Sem Terra (MST) e de Trabalhadores Rurais Acampados, Assentados e Quilombolas da Bahia (Ceta). Eles foram recebidos, nesta quarta-feira (19), na Governadoria, pelo governador Jaques Wagner, que reafirmou as intenções do estado.
Wagner também informou que o estado já assegurou recursos de R$ 8 milhões dentro da contrapartida prevista para o projeto de reforma de 5 mil casas em assentamentos. "É sempre bom ter essa oportunidade de diálogo com o governo, estabelecendo um canal aberto para que as propostas se transformem, efetivamente, em ações", declarou, satisfeito com o encontro, o representante da Bahia na coordenação nacional do MST, Márcio Matos. A reforma das casas é um dos principais itens da pauta da categoria.
Segundo o secretário da Agricultura, Geraldo Simões, todos os itens solicitados pelos sem terra envolvendo ações federais e estaduais somam investimentos da ordem de R$ 100 milhões, cabendo ao Estado a contrapartida de R$ 30 milhões.
"Em pouco mais de um ano de governo, já foram investidos recursos de R$ 15 milhões: R$ 8 milhões para a reforma das casas e o restante em ações diversas de incentivo à produção, como distribuição de sementes, compra de máquinas e equipamentos, além da contratação de pessoal para assistência", disse Simões.
O secretário também considerou o encontro positivo. "O governador deixou claras as intenções do estado de promover uma reforma agrária de forma séria, dentro da nova política estadual voltada para ações sociais e de geração de emprego e renda", afirmou. FONTE: Jornal da Mídia ? BA