Segundo o grupo, a mulher não estava no local no momento do conflito.
25/10/2007 - 15h03
A Via Campesina divulgou nesta quinta-feira (25) uma nota contestando as informações de Janete Brites, identificada como uma das coordenadoras do movimento. Na terça-feira (23), a mulher disse que o grupo de sem-terra usou armas durante um conflito com os seguranças da fazenda da multinacional Syngenta, em Santa Tereza do Oeste, no Paraná.
A assessoria de imprensa do MST informou que Janete Brites pertence ao movimento, mas não é coordenadora e não pode falar em nome do grupo. Janete também não estaria presente no local no momento do conflito.
Veja a nota divulgada pela Via Campesina na íntegra:
1- A trabalhadora acampada Janete Brites não é dirigente, liderança nem
integrante de qualquer instância da Via Campesina. Os pronunciamentos
públicos da trabalhadora acampada representam unicamente a sua opinião
pessoal, e não a posição da Via Campesina.
2- Janete não estava na Syngenta no momento do ataque dos pistoleiros da empresa de segurança NF e não tem elementos para fazer qualquer depoimento a respeito do caso.
3- Nove pessoas da Via Campesina, que estavam na Syngenta no momento do
ataque, já prestaram espontaneamente depoimento à Policia Civil, inclusive logo após os fatos, e todos afirmaram que apenas os seguranças atiraram e não houve nenhum ato de violência por parte dos trabalhadores rurais.
4- A Via Campesina colabora com as investigações da Polícia Civil e
contribui para que a morte de Valmir Mota de Oliveira, 34 anos(conhecido como Keno), em ato de violência da empresa de segurança NF, da Sociedade Rural do Oeste do Paraná e da empresa transnacional Syngenta Seeds não fique impune. Os responsáveis pelas mortes devem ser julgados, condenados e presos.