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MARGARIDA MARIA ALVES
Uma fonte de inspiração das novas gerações
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14 de Julho de 2017



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margarida maria alves

Olha que legal!!! Alunos do curso de Arte e Mídia, da Universidade Federal de Campina Grande-PB, resolveram homenagear a líder sindical Margarida Maria Alves através de uma coleção de roupas. O Projeto foi batizado com o nome “VISTA MARGARIDA”, e está associado à marca Esqueleto de Flor.

"Margarida foi a escolhida, porque ela venceu o forte machismo da região, porque precisa ser lembrada, celebrada e conhecida cada dia como uma líder sindical que liderou toda uma classe pela qual lutou e pela qual morreu. Margarida precisa continuar a inspirar pessoas, mulheres, principalmente, para que elas saibam que devem resistir, devem lutar pela igualdade, para que o mundo se torne um lugar mais justo", explica o estudante e diretor do Projeto Vista Margarida, Lucas Truta.



(Foto:Fundação Margarida Maria Alves)

A coleção será conhecida através do espetáculo intermídia de teatro contemporâneo, no dia 27 de julho de 2017, no palco do Teatro Municipal Severino Cabral, em Campina Grande-PB. Cada detalhe das criações contará a história de luta da sindicalista que é a maior referência da Marcha das Margaridas. Organizada pela CONTAG desde 2000, com o apoio de várias organizações de mulheres do campo, da floresta e das águas, a Marcha das Margaridas é uma ação das mulheres agricultoras familiares e trabalhadoras rurais, na luta contra o preconceito, a discriminação, e por direitos. "Acredito que, mesmo a história de Margarida já tendo sido bastante conhecida e comentada, ainda precisa penetrar em algumas camadas da sociedade, principalmente na geração mais jovem, a qual pertenço. O Vista Margarida ajuda também a trabalhadora rural se ver num ambiente que a ela antes não estava, não permeava e não pertencia. O Projeto é uma oportunidade de aproximar camadas sociais e assim gerar o diálogo necessário para quebrar as paredes que atrapalham a luta", ressalta o diretor do Projeto.

(Foto: Arquivo CONTAG Luiz Fernandes) INGRESSOS Os ingressos podem ser adquiridos no Teatro Municipal Severino Cabral, no valor R$ 10,00 (meia entrada).

(Foto: Projeto Vista Margarida) Ah... Para quem já quer apreciar a coleção basta clicar noVÍDEOou no EDITORIAL final de lançamento da coleção VISTA MARGARIDA. "Parabenizamos cada jovem envolvido(a) no Projeto Vista Margarida! Parabenizamos a Universidade Federal de Campina Grande-PB pelo reconhecimento dado a líder sindical Margarida Maria Alves!!! Permitir que sua história de luta seja discutida no ambiente acadêmico, é afirmar o protagonismo das mulheres na permanente luta contra a discriminação, o preconceito e pela conquista de direitos. Que outras Universidades e outros grupos de jovens de todo o Brasil se espelhem no exemplo dos(as) alunos(as) do Curso de Arte e Mídia, da Universidade de Campina Grande-PB",destaca a secretária de Mulheres da CONTAG, Mazé Morais. DOCUMENTÁRIO: Os Caminhos de Margarida Quer saber mais sobre a vida e militância de Margarida Maria Alves? Assista o documentário “Nos Caminhos de Margarida”. Produzido pela CONTAG, a película conta através de imagens e de vários depoimentos a saga da mulher que foi a esperança dos assalariados escravizados nas zonas canavieiras da Paraíba. Nascida e criada em Alagoa Grande, no Brejo Paraibano, foi a primeira mulher presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade. Lá, fundou o Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural, uma iniciativa que, até hoje, contribui para o desenvolvimento rural e urbano sustentável, fortalecendo a agricultura familiar. Lutando pela defesa dos direitos dos trabalhadores sem terra, suas principais metas eram o registro em carteira de trabalho, a jornada diária de trabalho de 8 horas, 13° salário, férias e demais direitos, para que as condições de trabalho no campo pudessem ser equiparadas ao modelo urbano. Em seus 12 anos de gestão, o Sindicato moveu mais de 600 ações trabalhistas e fez diversas denúncias, como a endereçada diretamente ao Presidente do Brasil, em 1982, João Batista Figueiredo. Infelizmente, Margarida não viveu o suficiente para ver o resultado de seu pleito. Por causa do surgimento do Plano Nacional de Reforma Agrária, a violência no campo foi intensificada por parte dos latifundiários, que não queriam perder suas terras, mesmo as improdutivas. A partir deste momento, o trabalho de Margarida na defesa dos direitos dos trabalhadores entrou em conflito com os interesses dos latinfundiários, tornando-a uma ameaça para eles. Em seu discurso na comemoração do 1° de maio de 1983, na cidade de Sapé, na Paraíba, ela deixou isto bem claro: “Eles não querem que vocês venham à sede porque eles estão com medo, estão com medo da nossa organização, estão com medo da nossa união, porque eles sabem que podem cair oito ou dez pessoas, mas jamais cairão todos diante da luta por aquilo que é de direito devido ao trabalhador rural, que vive marginalizado debaixo dos pés deles”. Margarida seria assassinada três meses e onze dias após essa declaração. O principal acusado é Agnaldo Veloso Borges, então proprietário da usina de açúcar local, a Usina Tanques, e seu genro, José Buarque de Gusmão Neto, mais conhecido como Zito Buarque. Seu sogro era o líder do Chamado Grupo da Várzea, composto por 60 fazendeiros, três deputados e 50 prefeitos. O crime ocorreu no dia 12 de agosto de 1983, quando um pistoleiro de aluguel, num Opala vermelho, disparou um tiro de escopeta calibre 12 em seu rosto, quando ela estava na frente de sua casa. Seu filho e seu marido viram tudo. Foram acusados pelo crime o soldado da PM Betâneo Carneiro dos Santos, os irmãos pistoleiros Amauri José do Rego e Amaro José do Rego e Biu Genésio, motorista do Opala. Mais tarde, ele foi assassinado, como “queima de arquivo”. O crime teve repercussão internacional, com denúncia encaminhada à Corte Internacional de Direitos Humanos e várias outras entidades semelhantes. Severino, o marido de Margarida, dizia que “ela era uma mulher sem medo, que denunciava as injustiças”. Na época de sua morte, 72 ações trabalhistas estavam sendo movidas contra os fazendeiros locais. Símbolo da luta pelos direitos dos trabalhadores rurais, Margarida recebeu, postumamente, o prêmio Pax Christi Internacional, em 1988; em 1994, foi criada, pela Arquidiocese da Paraíba, a Fundação de Defesa dos Direitos Humanos Margarida Maria Alves e, em 2002, recebeu a Medalha Chico Mendes de Resistência, oferecida pelo GTNM/RJ. O dia de seu assassinato, 12 de agosto, é conhecido como o Dia Nacional de Luta contra a Violência no Campo e pela Reforma Agrária. #VistaMargarida #EsqueletoDeFlor#MargaridaMariaAlves #FashionShow #Moda#Luta #Feminismo #GirlPower #WeCanDoIt FONTE: Comunicação CONTAG - Barack Fernandes, com informações da Fundação Margarida Maria Alves



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