Tem-se como certo que a democracia exige, para sua existência, um estado de direito onde instituições (leis e autoridades constituídas) estejam funcionando com independência e eficiência. Essa não é a lógica seguida no Pará, governado pela petista Ana Julia Carepa. Inacreditavelmente, ela editou uma portaria proibindo - isso mesmo, proibindo - a polícia de intervir em conflitos agrários, definindo tais casos como "conflitos sociais".
A estapafúrdia decisão estimulou o MST não apenas a aumentar suas ofensivas, mas incrementou o banditismo da região. Milícias armadas têm tomado de assalto fazendas produtivas para exigir pagamento de "resgate" dos donos, sob pena de destruição total da propriedade e morte dos animais. Por essa cartilha, pastos e florestas nativas têm virado cinzas. Somente em 2007, 25 fazendas foram invadidas, 20 ainda estão na posse dos bandidos e oito foram destruídas. E a polícia, por ordem expressa da governadora, mantém-se distante dos acontecimentos.
É como se vivêssemos a temática do faroeste, mas a diferença entre o faroeste americano e o brasileiro é que lá os bandidos eram caçados, enquanto aqui são recompensados, inclusive mantidos com verbas federais (pagas por nós, os otários). No Pará em noutros rincões estão confundindo banditismo, delinqüência, oportunismo e fisiologismo com problemas sociais, aliás, que em nada difere do que acontece nas dependências do governo federal. Seguem o exemplo do mestre. Pela cartilha do governo Lula, o Brasil é um país de todos... pena que mais de uns do que de outros.
Ivan Garcia Goffi
Advogado FONTE: Bom Dia Bauru ? SP