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Mais de 50 uberabenses participam hoje de manifestação na Esplanada dos Ministérios em Brasília, contra a reforma da Previdência. O evento, que deve reunir mais de 25 mil pessoas, é organizado pela Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) e conta com o apoio dos partidos PSOL e PSTU.

De acordo com Adriano Espíndola, um dos coordenadores da caravana, o ato nacional visa frear a reforma, atualmente em discussão no Fórum de Previdência Social do governo. "O projeto não está ainda em tramitação, mas é o momento certo de alertar a sociedade para a manobra do governo", avisa.

Espíndola também observa que como se trata de uma matéria de interesse do Estado, deverá ser votada no início do próximo ano. "O governo usa jogo ideológico para convencer sobre o projeto, dizendo haver déficit da Previdência, o que não é verdade, porque ao fecharem as contas, não consideram toda a arrecadação, como a CPMF, por exemplo", destaca.

Dentre as perdas para a população, se aprovada a reforma, o advogado destaca o fim da aposentadoria especial para o trabalhador rural. "Hoje, se o lavrador não tem carteira assinada, mas comprova trabalhar no campo e possui idade para se aposentar, consegue o benefício. Se aprovado o projeto, ele perderá essa concessão", informa.

Além disso, a idade mínima para aposentadoria passaria a ser 70 e 75 anos, respectivamente, para mulheres e homens, conforme Espíndola. Hoje a idade mínima é de 60 e 65 anos.

Apesar de a medida ser extremamente impopular para o governo, o advogado crê que a defesa do projeto será feita de forma a colocar em evidência apenas o déficit falso na Previdência, obstruindo a sociedade dos reais prejuízos. FONTE: Jornal da Manhã ? MG

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