Centenas de trabalhadores e trabalhadoras rurais coordenados pela FETASE ocuparam na manha de hoje, 20, a sede do Incra estadual reivindicando melhorias para os projetos de assentamento e acampamentos da reforma agrária. Essa iniciativa é estratégia de mobilização que objetiva respaldar, principalmente, o 20° Grito da Terra Brasil, no qual os estados farão atos políticos de massa no sentido de terem sua pauta de demandas negociada e atendida pelo governo federal. Esse momento de ações descentralizadas é intitulado o “dia D” em todo o país. Os principais pontos de pauta são: • Elaborar e implementar o III plano nacional de reforma agrária (pnra); • R$ 51,4 bilhões de recursos para a agricultura familiar e assentados da reforma agrária; • Reformular o programa nacional de crédito fundiário; • Promover a implantação imediata da Anater; • Elaborar o plano nacional de sucessão na agricultura familiar; • Fortalecer a implementação do plano nacional de agroecologia e produção orgânica / planapo; • Garantir seguro-desemprego para assalariados/as rurais com contratos por prazo determinado, de curta duração e de safra; • Construção de proposta de formação técnico-profissional para o campo pelo pronatec. Entre outros. O superintendente do Incra, Leonardo Goes recebeu a comissão de negociação, e como encaminhamento ficou agendada uma audiência para o próximo dia 27/05 às 09 h, a qual contará com a presença dos 05 polos sindicais e dirigentes da FETASE para discussão da pauta estadual à luz dos encaminhamentos nacionais. Ainda como fruto dessa mobilização, o MSTTR conseguiu agendar uma audiência com o governador do estado, Jackson Barreto, no Palácio de Veraneio no dia 22/05 às 16h. Essa audiência revisitará a última pauta do Grito da Terra Sergipe que tem por principais reivindicações: realização de concurso público para EMDAGRO obedecendo a relação de um técnico para cada 25 agricultores familiares; construir o plano estadual de educação do campo, tendo como referência o documento final da I Conferência Estadual de Educação do Campo; aumentar o valor pago pelo programa mão amiga que é de R$ 190,00 para R$ 300,00; implementar centros de referência da mulher em situação de violência nas cidades polos dos seis territórios sergipanos; perfurar e reabilitar os poços artesianos nas unidade produtivas do crédito fundiário, amparando-os com toda infraestrutura necessária; isentar dos pagamentos públicos referentes ao licenciamento ambiental, os assentamentos rurais financiados pelo MDA, através do banco da terra e do PNCF, e as áreas da agricultura familiar, dentre outras. As edições dos Gritos da Terra Nacional e Estadual vem proporcionando ao homem e mulher do campo melhores condições de vida e fortalecendo as ações da agricultura familiar no país. FONTE: Assessoria de Comunicação da FETASE