Com o tema "2007 razões para marchar", cerca de 50 mil mulheres participam nesta terça e quarta-feira, em Brasília (DF), da Marcha das Margaridas. Um ônibus com 50 trabalhadoras rurais paraibanas seguirá para o evento, que é uma das maiores mobilizações do Movimento de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) do país.
O nome da marcha é uma homenagem a paraibana Margarida Maria Alves, assassinada em 1983, no município de Alagoa Grande, por incentivar os trabalhadores rurais a buscarem na Justiça a garantia dos seus direitos. "Margarida era presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, e resistiu às ameaças que vinha sofrendo, denunciando os empregadores que insistiam em desrespeitar os direitos dos trabalhadores. Seu espírito de luta tornou-se um símbolo de força, garra e coragem para o MSTTR, sobretudo para nós mulheres, ainda tão discriminadas", disse Maria das Neves do Nascimento (Dona Lia), presidente do Conselho Estadual de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Estado da Paraíba (CEMTR).
Durante os dois dias do evento, mulheres trabalhadoras rurais de todo o Brasil vão cobrar respostas para os principais problemas enfrentados por elas no campo. Entre os principais pontos da pauta de reivindicações apresentadas ao governo federal no dia 25 de julho estão: soberania e segurança alimentar; trabalho, renda e economia solidária; garantia de emprego e melhores condições de vida e de trabalho; política de valorização do salário mínimo; defesa da saúde pública e educação do campo; e combate à violência sexista.
No último dia do evento as trabalhadoras marcham rumo à Esplanada dos Ministérios. Elas se concentrarão em frente ao Congresso Nacional para ler a Carta da Marcha das Margaridas à sociedade.
Fonte: Assessoria de Imprensa Fetag-PB