A trabalhadora rural Marlene Soares de Sousa Silva, de 51 anos, natural do município de São Pedro do Piauí, residente no Povoado Pedras, esteve em Teresina, nesta segunda-feira (26 de março), na Agência do INSS para ser submetida a uma pericia médica com o médico Marcos Conde Medeiros. A trabalhadora é portadora de hérnia de disco com laudos comprobatórios. O benefício para este caso é o auxílio-doença, que é feito através das Agências do INSS.
Mas o fato, é que Marlene Soares de Sousa Silva chegou andando, acompanhada de Ana Maria Nascimento de Oliveira, uma pessoa da família, e saiu da agência em uma Ambulância do SAMU, e foi encaminhada para o Hospital do Bairro Promorar, em Teresina Piauí. Dona Marlene explica que foi machucada pelo médico ao ser examinada. O doutor Marcos Conde Medeiros exigiu que a mesma colocasse força nos movimentos, sendo que a mesma sentia muita dor. Marlene falou que começou a gritar com as fortes dores, e ainda foi apertada em várias partes do corpo. Segundo Ana Maria, o médico exigiu que a paciente levantasse as pernas, e com isso, a mesma começou a vomitar depois de o médico tê-la forçado a fazer esse procedimento. Ao sair da sala já passando mal, os funcionários da agência ligaram para o SAMU para que a paciente fosse atendida. Dona Marlene informou que não está sentindo mais suas pernas. Ela está hospedada na casa de parentes e pede a ajuda das autoridades que possam agir neste caso. A trabalhadora rural explica que foi forçada a fazer movimentos que não tinha condições físicas para realizar. Depois de todo o transtorno, Dona Marlene soube que teve como indeferido o benefício de auxílio-doença. Os procedimentos nas entrevistas nas perícias médicas vem sendo feitos de forma preconceituosa ao trabalhador(a) rural, que precisa desse benefício como comprovação do auxílio, sendo vítimas desses maus procedimentos. Como um profissional da medicina pode continuar fazendo esse tipo de perícia nas agências do INSS? De acordo com a entrevista realizada pela trabalhadora rural, foi comprovado que a mesma é da roça e necessita do auxílio. Mais uma vez, comprova-se que o tratamento dado aos trabalhadores e trabalhadoras rurais junto às agências do INSS é feito de forma discriminatória, principalmente com as mulheres. FONTE: Assessoria de Comunicação da FETAG-PI