Apesar de a política territorial ter completado em 2010 oito anos, o assunto ainda é pouco difundido entre os jovens presentes no II Festival Nacional da Juventude Rural. O debate sobre o tema encerrou as atividades do primeiro dia do evento. Thalita Lima, 18 anos, de Rondônia, conta que só ouviu falar da política territorial há pouco menos de dois meses, quando uma amiga que mora no Pará a avisou de uma reunião entre Colegiados. “Quando ela falou isso pensei que era sobre o colégio onde ela estuda”, revela. “Mas acho interessante a ação. Vou procurar me informar melhor”, garante. Já Pedro Almeida Santos, 23 anos, do Mato Grosso, afirma que conhece a política territorial, mas que não faz parte de Colegiado Territorial por falta de informação. “Tenho interesse de entrar, mas não sei como faço”, conta. O estudante baiano de técnica agrícola, Jackson Santos, de 20 anos, avaliou como positiva a explicação sobre a política territorial e pretende levar o que aprendeu para a sua cidade, Barreiras. “A abordagem foi interessante e servirá para minha formação profissional”, comemora. Mesa-redonda As discussões na mesa redonda giraram em torno da participação dos jovens nos Colegiados Territoriais, institucionalidades criadas a partir da política de territorialidade idealizada pela Contag e adotada pelo governo federal, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Antoninho Rovaris, secretário de Política Agrícola da Contag, lembrou que até a política territorial ser implantada, em 2003, não havia ações do governo voltadas para o meio rural. Porém, destacou que há pouca participação da juventude nos Colegiados. “Se vocês não estiverem dentro dos Colegiados, reivindicando lazer, crédito rural, habitação, educação, emprego, não vamos para lugar nenhum, porque o poder e, consequentemente, os recursos vão parar em mãos erradas”, enfatizou. FONTE: Rafael Nascimento, Agência Contag de Notícias