Pelo convênio, o governo entra com as sementes e a assistência técnica, as prefeituras com os tratores e a Petrobras com o combustível para abastecê-los. Serão 180 mil litros de óleo diesel, segundo o gerente-geral da unidade RN-CE da estatal, Fernando Lima. ??Esse convênio é um meio de devolvermos a esses municípios o que extraímos em seus territórios. Vai aumentar a produção de oleaginosas (fontes de biodiesel), mas o objetivo primeiro não é esse. É, na verdade, dar condições aos agricultores de fazerem o plantio??, frisou.
Quanto às sementes, na próxima semana será dada a largada para a distribuição, feita de acordo com o zoneamento que indetifica a cultura mais propícia para cada região e proporcional ao número de agricultores familiares existente em cada município. Ao todo, 260 toneladas de feijão, algodão, milho, sorgo e girassol devem chegar ao campo este ano, através dos bancos de sementes do governo. Trinta toneladas, desse total, serão disponibilizadas exclusivamente ao programa Terra Pronta.
AJUSTES
Mesmo avaliando o programa como positivo, a Federação que representa os trabalhadores na agricultura (Fetarn), diz que o programa poderia ser ampliado e que as prefeituras poderiam se empenhar mais, reforçando, por exemplo, o volume de recursos disponibilizado, como forma de abranger mais gente. ??As prefeituras devem ter a consciência de que a agricultura familiar é importante para a economia e o desenvolvimento sustentável dos municípios??, cobrou o secretário geral da entidade, Francisco José da Silva.
E completou: ??O programa tem um cunho social muito interessante. Esperamos que se consolide como uma ação em todo o estado porque entendemos que o preparo do solo é uma oportunidade importante para o agricultor, principalmente na chegada do inverno, quando a maioria está desprovida de implementos??.
A governadora Wilma de Faria, que também participou do evento e em seguida viajou para audiência com a ministra Dilma Roussef, em Brasília, disse que o apoio é necessário para que os agricultores tenham boa produção. ??Mas aos poucos queremos que eles passem do estágio da assistência social e se emancipem, tenham condições de ter seus próprios ?bancos???, acrescentou a chefe do Executivo.
Renata Moura
Da equipe do Diário de Natal FONTE: Diário de Natal ? RN