O Tribunal de Justiça do Pará anunciou na manhã desta terça-feira (10) a suspensão do julgamento de Wellington de Jesus da Silva, acusado da morte do sindicalista José Dutra da Costa, o Dezinho. O motivo da suspensão foi a entrada de um novo advogado de Wellington, que fez um pedido de vistas do processo. A Justiça atendeu ao pedido, e deu um prazo de seis dias para a análise do processo. Com isso, a abertura do julgamento ficou marcada para a próxima segunda-feira (16).A coordenadora da Comissão Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag e vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carmem Foro, está reunida com a viúva do Dezinho, Maria Joel, e com as lideranças sindicais para avaliar a decisão e definir uma nova mobilização das lideranças sindicais para que estejam no dia 16 de outubro em Belém. ?A gente acha que o que aconteceu é uma forma de enfraquecer o movimento. Mas nós não vamos recuar. Vamos continuar nos mobilizando. Daqui uma semana, estaremos aqui novamente?, prometeu Carmem Foro. Para a coordenadora, há uma pressão política no Pará. ?O momento político no estado é de forte disputa e eu creio que há uma articulação política para que se prorrogue esse julgamento?, concluiu.
O acusadoWellington de Jesus da Silva é o primeiro dos quatro acusados de envolvimento no assassinato de Dezinho a ir a julgamento. Ele seria o autor dos tiros que mataram José Dutra da Costa, na época presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Rondom do Pará. Wellington foi preso em flagrante no dia do crime. Desde então, a viúva de Dezinho, Maria Joel, vem travando uma luta incansável em busca da punição dos culpados.
Fátima Emediato e Arnaldo JúniorAgência Contag de Notícias