O governo federal usou a nova estimativa de safra de grãos, fibras e cereais para atacar a tese de aumento do desmatamento pela soja em regiões da chamada Amazônia Legal.
O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Silas Brasileiro, afirmou que o avanço da soja ocorreu em áreas de pastagens degradadas.
"O sistema lavoura-pecuária tem sido um incentivo para produzir mais na mesma área. E temos visto que as áreas de pastagem degradada, com baixo suporte para o gado, têm sido ocupadas por lavouras em Mato Grosso", afirmou.
Os dados divulgados na última terça-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram um avanço de 8,4% na área da soja em Rondônia.
Em Tocantins, o crescimento bateu em 12%. Pará (10,6%), Mato Grosso (6,3%) e Maranhão (1,1%) também aumentaram suas áreas de soja. A área de milho também cresceu na região. Em Mato Grosso, o avanço chegou a 2,4% e, em Tocantins, a 5,5%, segundo a Conab.
Mesmo assim, o secretário-executivo do ministério utilizou a estimativa global, que aponta um crescimento de apenas 0,3% na área plantada, para legitimar a tese.
"É gratificante perceber o crescimento da nossa produção de grãos sem o aumento da área de ocupação. Demonstra que o setor tem incorporado tecnologia para garantir o aumento de produção".
Autor: valor econômico
Fonte: O NORTÃO FONTE: O Nortão Online