Segundo ele, entre pequenos agricultores há um sentimento comum de que irrigação é investimento caro, viável apenas para grandes produtores e áreas mecanizadas. A tecnologia da Epamig, porém, é indicada para pequenas áreas justamente por não necessitar de grande investimento, principalmente com mão-de-obra. Antunes diz que os gastos com mão-de-obra podem se reduzir até 95%, em comparação com o sistema de irrigação convencional, em que o equipamento tem que ser deslocado pela lavoura.
O modelo da Epamig também tem a vantagem de tornar mais racional o uso da água na propriedade, pois, com os aspersores portáteis, é possível aplicar 100% da água de irrigação dentro dos limites da área, de maneira uniforme e sem desperdício.
Culturas
Antunes diz que a tecnologia não está vinculada a nenhuma cultura, mas é indicada para hortaliças, forrageiras de inverno e feijão. Em Minas, o sistema tem sido adotado por produtores de leite, no cultivo de forrageiras. ''O importante é que a cultura a ser irrigada tenha garantia de retorno suficiente para cobrir todos os custos de produção.''
Outra recomendação é consultar um profissional antes de instalar o sistema. ''Qualquer projeto de irrigação, mesmo sendo de baixo custo, deve ser executado por um profissional, tanto na parte de engenharia como na parte hidráulica.'' Conforme Antunes, um profissional pode projetar uma tubulação ''otimizada'', com tubos de diâmetro reduzido, o que reduz o custo por metro linear. Os canos de alumínio e tubos de PVC representam de 60% a 70% dos custos totais do equipamento; a bomba é responsável por 30% do custo e os aspersores não chegam a 5% dos gastos totais.
A Epamig possui área-teste com a tecnologia na unidade de São João del Rei e acabou de instalar o sistema na Fazenda Experimental Sertãozinho, em Patos de Minas. Na Sertãozinho, a idéia é colocar o sistema para funcionar este ano, quando a seca começar. ''Até setembro poderemos observar seu funcionamento'', calcula Antunes. FONTE: Estado de SP