A impunidade no campo faz mais uma vítima da violência na região Centro-Oeste do País. O sindicalista Décio Vitor Leôncio, 25 anos, foi morto a pauladas na sexta-feira passada dentro da própria casa. Leôncio trabalhava há mais de 5 anos no STTR de Porto dos Gaúchos (MT). Segundo Adão da Silva, presidente da Fetagri-MT, era ele quem conduzia os encaminhamentos e problemas referentes ao acampamento Mandaguari, onde 350 famílias esperam há 5 anos para serem assentadas.
"Décio era atuante e muitas vezes na ausência da presidente do sindicato e do secretário-geral era ele quem respondia pela administração da entidade", conta Silva. Para o presidente da Fetagri-MT, a morte de Décio já era anunciada. Além dele, outras lideranças do STTR já foram ameaçadas de morte. "A presidente do STTR de Porto dos Gaúchos, Lucinéia Bergamin, não ficava mais lá", comenta.
Adão relata que vários documentos foram encaminhados com relatados da situação às autoridades competentes. "Encaminhamos por escrito documentos ao Incra Nacional e ao Ministério Público Federal do Estado sobre a situação da região, mas nada foi feito". Para Silva, a situação não vai melhorar enquanto o governo federal não tomar uma providência.
Até agora a política não tem suspeito da morte de Décio.