O suicídio é um fenômeno que pode atingir pessoas de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é a segunda maior causa de mortes entre pessoas na idade de 15 a 29 anos e 800 mil pessoas morrem por ano no mundo. No Brasil, segundos dados do Ministério da Saúde, entre 2007 e 2016, foram registrados 106.374 óbitos por suicídio. Em 2016, a taxa chegou a 5,8 por 100 mil habitantes, com a notificação de 11.433 mortes por essa causa no ano.
Na perspectiva de chamar atenção para esta questão de Saúde Pública no mundo, a OMS definiu o dia 10 de setembro como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. No Brasil, em 2015, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) criaram a campanha do Setembro Amarelo como forma de mobilizar e conscientizar a sociedade brasileira para o enfrentamento dessa problemática em nosso país.
Segundo especialistas, não há uma receita precisa para identificar os sintomas, porém, indicam que é importante observar sinais que ajudam no cuidado com as pessoas que apresentam tendências ao suicídio, tais como: problemas de conduta ou manifestações verbais (eu não aguento mais, eu sou um perdedor e um peso para os outros, os outros vão ser mais felizes sem mim); preocupações com sua própria morte ou falta de esperança; expressão de ideias ou de intenções suicidas; isolamento social; mudanças de humor; automutilação.
A CONTAG vê com muita preocupação esta problemática, principalmente em função da pandemia da Covid-19. O momento de isolamento social, somado à crise econômica e sanitária pela qual passa o nosso país, tem gerado muitas incertezas e inseguranças na sociedade e, desta forma, criando um campo fértil para o agravamento ainda maior dos casos de suicídios no Brasil. Por isso, queremos nos somar à campanha do Setembro Amarelo como forma de sensibilizar e conscientizar toda a sociedade para redobrarmos os cuidados e ficarmos atentos ao comportamento da população neste momento tão difícil, destaca Edjane Rodrigues, Secretária de Políticas a CONTAG. FONTE: Secretaria de Políticas Sociais da CONTAG