Quixadá. Aproximadamente 70 servidores da administração pública local tiveram a oportunidade de conhecer de perto as obras de construção da usina de biodiesel que está sendo instalada neste município sertanejo, distante 160km da Capital. A iniciativa teve como objetivo expor a dimensão do empreendimento e estimular os visitantes a se engajarem na luta pela produção de oleaginosas na região. O inverno está chegando e com ele a necessidade de expansão do plantio do vegetal do qual se extrai a matéria-prima para a produção de biocombustível. A unidade de processamento necessitará de pelo menos 25 milhões de óleo para entrar em atividade.
"A idéia é levar para o campo o entusiasmo dos que tiveram a oportunidade de ver de perto a grandiosidade e a importância desse mega-empreendimento de R$ 76 milhões para o nosso sertão", disse o vice-prefeito de Quixadá, Cristiano Góes. Ele, secretários, assessores e representantes de diversos segmentos acreditam que a unidade bioenergética da Petrobras assegurará o desenvolvimento e a sustentabilidade rural de Quixadá e de cidade vizinhas. Mas é preciso que todos se empenhem no fortalecimento da cadeia produtiva regional, especialmente os agricultores.
Os visitantes, dentre eles o prefeito Ilário Marques e gerentes bancários de redes oficiais e particulares, foram recepcionados pelo gerente da unidade de biocombustíveis da Petrobras, João Augusto Paiva. Acompanhado do gerente de comunicação da empresa estatal, Wanderley Bezerra, Paiva apresentou o projeto ao grupo. Ele informou que 64% obra já está concluída. Quando estiver pronta, contará com dez tonéis de armazenamento, uma unidade industrial para o tratamento do óleo, outra para refino e ainda um prédio administrativo. A inauguração está prevista para agosto.
No encontro, o gerente do projeto destacou que das três usinas em fase de implantação no País, a de Quixadá apresenta a melhor estrutura logística, com rodovias e ferrovia para escoamento da produção. Paiva acrescentou que o processamento bioenergético, que chegará a 45 milhões de litros/ano, não gerará qualquer prejuízo ecológico. Todos os resíduos poderão ser aproveitados na produção de graxa e glicerina, possibilitando a ampliação do pólo industrial local. A expectativa é de que a sociedade e produtores da macrorregião Central do Estado correspondam ao empreendimento.
Dentre os servidores, o fiscal de renda Osmerindo dos Santos confessa que ficou deslumbrado com o que viu. Coordenando atualmente o cadastro de imóveis do município, não imaginava que um prédio tão grande está sendo erguido na periferia da cidade, no distrito de Juatama. Assim como ele, a presidenta da comissão de licitação de Quixadá, Meirione Queiroz, acredita que a usina está se transformando num expressivo e sólido estímulo ao progresso do município. Ela avalia que daqui a uma década, filhos e netos compartilharão das riquezas produzidas em torno do empreendimento, sem riscos para o meio-ambiente. Os benefícios são destinados só à agricultura familiar. FONTE: Diário do Nordeste ? CE