GITÂNIO FORTES
DA REDAÇÃO
A elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que causa apreensão entre as seguradoras, não vai atingir as apólices para o campo, que permanecem isentas, diz Wellington Soares de Almeida, diretor do Departamento de Gestão de Risco Rural da Secretaria de Política Agrícola do ministério.
Segundo Almeida, houve equívoco na divulgação da medida na semana passada, quando se incluiu o seguro na elevação que afetou operações do crédito rural, que eram isentas e passaram a ter cobrança de 0,38% de IOF a partir deste mês. Algo semelhante ocorreu com as operações interbancárias de câmbio.
A receita com o pagamento de apólices de seguro rural cresceu 42% em 2007, informou a Superintendência de Seguros Privados. O valor chegou a R$ 126,1 milhões. Para este ano, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) prevê nova alta.
O ministério liga o avanço do seguro rural às subvenções oficiais, que engrenaram em 2006. Em 2007, da oferta de R$ 99,5 milhões, foram utilizados R$ 61 milhões, apontam dados preliminares do governo.
Para o Orçamento de 2008, o Mapa incluiu previsão de R$ 200 milhões de subvenção. No próximo mês, deve começar a se definir se esses recursos serão afetados pelos cortes que o governo anunciou como necessários pelo fim da CPMF.
De 1995 a 2005, o seguro no campo causou prejuízo da ordem de R$ 220 milhões, o que fez com que várias companhias deixassem de operar na área. O programa de subvenções ajudou a frear esse movimento.
O Mapa calcula que, em 2007, a importância segurada no campo tenha chegado a R$ 2,6 bilhões, correspondendo a uma área de 2,157 milhões de hectares -4,7% da área plantada. Esse número é pequeno em relação ao total segurado em países como a Espanha (de 80% a 90%) e os EUA (80% a 85%). FONTE: Folha de São Paulo ? SP