Após a análise de conjuntura os secretários da executiva da Contag continuaram com os informes sobre as negociações. A vice-presidente da Contag, Alessandra Lunas que também é responsável pela pasta de Relações Internacionais chamou a atenção do MSTTR para os pontos pauta. A dirigente fez um relato sobre a reunião que aconteceu na semana passada, com o Ministério das Relações Exteriores. “Cobramos um espaço permanente de diálogo e avaliações das decisões em âmbito internacional que incidem diretamente sobre a agricultura familiar”, disse ao dar alguns exemplos dessas decisões para que o público entendesse melhor. Lunas cobrou a presença do Ministério do Desenvolvimento Agrário nesses espaços de diálogo e para isso conclamou a presença e atuação de todos durante as manifestações que acontecem hoje (17) e amanhã, durante o GTB. O público atento também ouviu as últimas informações sobre as negociações da pauta da juventude rural, conduzida pela secretária Elenice Anastácio. A sindicalista informou que a pauta da juventude rural é bem extensa e que já conquistou avanços importantes nos ministérios da Cultura e Esporte. Elenice reivindicou uma coordenação da juventude dentro do MDA. “Isso é necessário para garantir que as conquistas da Agricultura Familiar cheguem de fato até os jovens que estão na base”, cobrou. A secretária argumentou que a coordenação da juventude no MDA serviria como uma ponte de diálogo com outras instâncias dentro do próprio ministério. O secretário de Política Agrária da Contag, Willian Clementino, também apresentou aos trabalhadores e trabalhadoras rurais alguns resultados das negociações com o governo. Na manhã desta terça-feira (15), esteve reunido novamente com o Incra e assumiu que retornou mais animado. “Nós trouxemos o compromisso do instituto de garantia de recursos para assentar 40 mil famílias que estão acampadas”, anuncia o dirigente. No entanto, o dirigente explica que é preciso garantir terra para a terceira idade e juventude rural. Nesse sentido, acredita que é possível avançar mais na ampliação de recursos. “Não há desenvolvimento onde o povo é pobre, não tem casa e não tem crédito”, reforça Clementino. Já o secretário de Assalariados(as) Rurais, Antonio Lucas, também chegou de uma negociação com o Ministério do Trabalho e Emprego. O sindicalista informou que a expectativa é que as negociações com o MTE avancem nesse ano. “Apesar de termos uma pauta conflituosa, já temos avanços que consideramos importantes, como o acordo na realização de uma capacitação para trabalhadores que perderam empregos por causa da mecanização”, completa. Outro tema complexo em discussão foi a fiscalização nas relações de trabalho no campo. Mesmo com o corte de gastos públicos, o ministério garantiu ao secretário da Contag recursos suficientes para trabalhar no combate ao trabalho escravo. O secretário de Formação de Organização Sindical da Contag, Juraci Souto, fez um apanhado dos pontos acordados ainda na manhã desta terça-feira, no Ministério do Trabalho e Emprego como parte das pautas de reivindicação do GTB 2011. Segundo ele, as negociações foram difíceis, mas a Contag e as suas federações tiveram maturidade e capacidade para dialogar com o governo para garantia de alguns itens. “Acabamos de acertar que o registro das entidades sindicais será feito e que se darão nos estados, de maneira a facilitar até para os sindicatos e federações o acompanhamento desses processos.” Outro item acordado diz respeito a norma que regulamenta a contribuição sindical. “Vamos construir conjuntamente uma norma para a contribuição sindical porque ela é fonte de renda importante para os sindicatos, federações e a Contag”, completou. FONTE: Agência Contag de Notícias, Verônica Tozzi, Suzana Campos e Danielle Santos