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DEMOCRACIA
Relembrar e repudiar os atos terroristas de 8 de janeiro de 2023 é defender a democracia
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08 de Janeiro de 2024



Há exato um ano, os palácios dos Três Poderes da República (Executivo, Legislativo e Judiciário), situados na capital Brasília, sofreram uma série de ataques violentos e destrutivos. Atos de vandalismo foram praticados por grupos golpistas, insatisfeitos com o resultado das eleições presidenciais e que sustentavam narrativas e atitudes fascistas e golpistas.  

A invasão do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Superior Tribunal Federal deixou marcas na Democracia Brasileira, e por mais vergonhoso e lamentável que esse episódio tenha sido, precisa ser lembrado como um dia de resistência e de vitória da Democracia. De forma que fique registrado na memória das pessoas para que jamais se repita algo assim na história do Brasil.

O 8 de Janeiro lembra o quanto é essencial defender a Democracia, esse modelo político tão importante para a sociedade, especialmente para a classe trabalhadora. É na Democracia onde há possibilidade de lutar por direitos, por liberdade, por justiça social, distribuição de terra, renda, por respeito as diferenças, entre outras questões.  É a Democracia que considera a representação e representatividade do movimento sindical e popular. É importante que é sociedade compreenda e defenda a democracia e estado de direito. 

Atos em Defesa da Democracia

Diferentes setores da sociedade brasileira reconhecem a importância de defender a democracia, e se manifestam de fato. Os primeiros atos aconteceram ontem, dia 7. Em Brasília, movimentos sociais e partidos políticos se mobilizaram em um ato denominado “Ato em Defesa da Democracia – Sem anistia para golpistas”.

Já na tarde desta segunda-feira, ocorreu o ato batizado de “Democracia Inabalada”, na sede do Senado Federal. A cerimônia contou com a presença e com discursos das principais lideranças dos Poderes Democráticos na atualidade, entre elas o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Roberto Barroso, e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes. Além de 18 governadores(as) estaduais, diversos ministros e parlamentares e outros convidados e convidadas.

A CONTAG foi uma das entidades convidada para este momento, sendo representada por seu presidente Aristides Santos. Ele analisa o incidente e reforça a importância dessa memória. “Entendemos que na tentativa de golpe que aconteceu, os golpistas acharam que, gerando o caos, provocariam a reação das Forças Armadas para que um golpe militar acontecesse. Porém, não havia apoio das Forças Armadas a essa insanidade. Hoje, um ano depois, é um dia importante para recordarmos deste lamentável fato, e que a sociedade compreenda e defenda a democracia. A Democracia é fundamental, para a  classe trabalhadora, na luta por direitos e justiça social. Vamos continuar vigilantes e cobrando das instituições brasileiras de que organizadores, financiadores e participantes sejam punidos, conforme os rigores da Lei. Não haverá anistia", afirmou  o dirigente. 


Na foto, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Marcio Macedo, a secretária de Diálogos Sociais e Políticas Públicas do governo federal, Kelli Mafort, e o presidente da CONTAG, Aristides Santos

As mensagens discursadas pelas autoridades no evento de hoje reforçaram o repúdio aos atos terroristas de um ano atrás, e o comprometimento das instituições brasileiras com a democracia. O discurso de Luiz Roberto Barroso, presidente do STF, deixou claro que não serão mais tolerados ataques à democracia. “A depredação das sedes dos Três Poderes não foi um fato isolado ou mero acidente de percurso. Foi um ataque meticulosamente preparado, precedido de anos de ataques às instituições, ofensas a seus integrantes e disseminação de ódios e mentiras. A despeito de tudo, as instituições venceram e a democracia prevaleceu. A reação dos presidentes dos Poderes e dos diferentes setores da sociedade civil e da imprensa demonstrou que já superamos os ciclos do atraso. Já não há mais espaço na vida brasileira para quarteladas, quebras da legalidade constitucional ou descumprimento das regras do jogo”, afirmou. 

O senador Rodrigo Pacheco falou em nome do Congresso Nacional, reforçando o papel dos Poderes e seriedade deles. “Esse momento é uma reafirmação da força da democracia brasileira, e o nosso compromisso com os valores democráticos. As instituições republicanas são verdadeiramente fortes, porque estão respaldadas pelo mais elementar dos poderes: aquele que emana do povo. Quem tem força, tem o respaldo popular, o respaldo da lei e da Constituição Federal. Esse ato de hoje uma reafirmação da opção democrática feita pelo povo brasileiro, e de que a defesa da democracia é uma ação permanente e constante, e também da maturidade e solidez de nossas instituições ”, declarou. 

Fechando o ato, o presidente Lula resumiu o sentimento dos Poderes nesse momento: “Salvamos a democracia, mas ela nunca está pronta. Precisa ser construída e cuidada todo santo dia. A Democracia é imperfeita, porque somos humanos, portanto imperfeitos. Mas temos todos e todas, o dever de unir esforços para aperfeiçoa-las todo dia [...] Aperfeiçoar a democracia é reconhecer que democracia para poucos não é bem uma democracia. Se formos capazes de deixar as divergências de lado para defender o regime democrático, somos capazes também de nos unirmos para construir um país mais justo e menos desigual”.


Fonte: Comunicação da CONTAG - Gabriella Avila





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