Os trabalhos de grupo do 11º Congresso Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (11º CNTTR) começaram nesta terça-feira (5), às 10h, logo após a conferência de abertura. Ao longo de três dias haverá reflexões e encaminhamentos sobre a organização e a estrutura sindical necessárias para a implementação do Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS), bem como as lutas dos trabalhadores rurais. A reforma agrária é um dos dez grupos temáticos do congresso.
O secretário de Política Agrária da CONTAG, Willian Clementino Matias, esperar que se possa, efetivamente, ampliar o debate da reforma agrária no conjunto do movimento sindical, até mesmo porque este tema representa um dos principais eixos do PADRSS.
Para ele, a reforma agrária é o carro-chefe da condução do Movimento Sindical dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais (MSTTR). “este momento em que acontece o 11º CNTTR é histórico pelos 50 anos de fundação da CONTAG e ímpar para dialogar com as bases sindicais e com a sociedade sobre a importância e o papel da reforma agrária, não só como uma política social, mas também como uma política econômica, ambientalmente sustentável na perspectiva da produção de vida, da reprodução de costumes e culturas no campo”, afirmou Willian. Além disso, “a reforma agrária é uma porta estratégica para a consolidação da agricultura familiar e a continuidade da produção de alimentos no mundo”, justificou. De acordo com Willian, “o MSTTR precisa, cada vez mais, afirmar a necessidade da reforma agrária pelo fim do latifúndio e também pelo limite da propriedade da terra dizendo não à estrangeirização.”
Willian, que é candidato a vice-presidente na chapa Unidade com a Base, lembrou ainda a importância de se incluir nesse debate a questão dos assalariados(as) rurais, que têm perdido seus postos de trabalho em função da mecanização do trabalho.
Estratégias Estratégias de ações de massa, que estão pautadas pelo Grito da Terra Brasil, Marcha das Margaridas, Festival da Juventude e a Marcha dos Assalariados(as) Rurais, são considerados eventos de luta da CONTAG e representam espaços em que a reforma agrária é extremamente demandada nesse processo. “Nós construímos, ao longo do biênio 2011/12, uma análise sobre a reforma agrária e sobre qual é o papel da Confederação e dos movimentos sociais. Realizamos, no ano passado, o Encontro Unitário dos Povos do Campo, das Florestas e das Águas, buscando superar um desafio comum aos movimentos sociais, que é avançar no diálogo com o governo e sociedade sobre a importância da reforma agrária”, ponderou o Willian.
Para 2013, o futuro vice-presidente da CONTAG espera que, após as orientações políticas do 11º CNTTR, se retome a discussão coletiva dos movimentos sociais para que se tenha uma ação mais dura e, em função dos debates da Secretaria de Política Agrária, quem sabe A Marcha dos 300 mil Trabalhadores(as) pelo Brasil, cujo um dos objetivos será dialogar com a sociedade. “Precisamos que a sociedade seja nossa parceira e esteja presente na defesa da reforma agrária”, finaliza Willian. FONTE: Assessoria de Imprensa da FETAG-RS - Luiz Fernando Boaz