DA AGÊNCIA FOLHA
Segundo o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Flávio Montiel, o órgão compensa o número "não ideal" de fiscais com ações "otimizadas" e focadas em áreas de proteção prioritária, das quais servidores de outros Estados participam, em sistema de rodízio. "[O Ibama] não precisa estar em cada palmo de terra, mas nas áreas estratégicas." Para ele, o planejamento "faz otimizar a capacidade instalada".
Montiel deu o exemplo da ação do Ibama na Amazônia, onde o trabalho é feito a partir de dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e conta com investigações da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e da Polícia Federal. "Isso permite que se coíba o desmatamento no momento em que ele ocorre."
Ele disse que o Ibama atua prioritariamente em cerca de 40% da floresta -locais onde ocorre o maior desmatamento.
Montiel afirmou ainda que a parceria com a PF, com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), com a FNS (Força Nacional de Segurança) e com as secretarias ambientais estaduais fortalece a fiscalização. Ele disse não saber qual o número ideal de fiscais para o Ibama. "Nunca fizemos a conta. Mas mil, 2.000, 3.000 a mais seria bom."
Desde 2003, início do governo Lula, cerca de 2.000 analistas ambientais foram concursados, afirmou. Deles, metade foi treinada para fiscalizar. Em relação às críticas dos servidores feitas à Folha, Montiel afirmou que, desde 2004, foram gastos cerca de R$ 29 milhões com infra-estrutura -como carros, laptops, câmeras fotográficas digitais, armas e GPS (em inglês, sistema de posicionamento global).
FONTE: Folha de São Paulo ? SP