Reunidos na Alemanha desde o último dia 29, os membros do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial decidiram, nesta quinta (31), que a próxima edição do evento acontecerá em Belém. Cidade bateu candidatos como Indonésia e Coréia do Sul.
Verena Glass
Com a decisão, tomada no último encontro do Fórum Social Mundial, de que 2008 não terá um evento unificado do FSM, como aconteceu no início de todos os anos desde 2001, a grande expectativa entre os movimentos e ativistas altermundistas era o destino do Fórum em 2009, quando novamente ocorre um encontro mundial.Reunido em Berlim desde o dia 29, o Conselho Internacional do FSM, a sua instância máxima de decisão, acabou por apoiar nesta quinta (31) a proposta apresentada por várias organizações brasileiras de, nestes tempos de debate sobre aquecimento global e sustentabilidade planetária, levar o evento para o coração da Amazônia. Apesar de ter se candidatado bem depois de outras virtuais sedes, como a tradicional Porto Alegre, Curitiba ou Salvador, Belém deve ser o destino do outro mundo possível em 2009, batendo também candidatos como Coréia do Sul, África e Indonésia, entre outros.A informação da escolha de Belém chegou à Amazônia na tarde desta quinta através de um e-mail do secretario geral do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), Adilson Vieira. "Companheiros e Companheiras, acabou agorinha a reunião do CI do FSM. Havia muitas candidaturas fortes: África, Coréia do Sul, Amazônia, etc? Foi uma boa discussão. (?) Mas enfim, a Amazônia vai sediar a edição 2009 do FSM. Creio que para nós será uma grande oportunidade de colocar as nossas lutas do dia a dia numa agenda internacional, ganhado assim mais força". Segundo Vieira, a próxima reunião do CI acontecerá já em Belém, ainda sem data definida.Procurada pela Carta Maior, a governadora do Pará, Ana Julia Carepa (PT), se disse emocionada e muito feliz com a escolha. "O Pará vai receber de braços abertos e com muita alegria os participantes do Fórum Social Mundial", afirmou. Segundo ela, será uma oportunidade para que os ativistas de todo mundo "conheçam um novo modelo de desenvolvimento que valoriza a exploração dos recursos naturais sem destruição do meio ambiente e com justiça social".
Fonte: Agência Carta Maior